quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A HISTÓRIA DAS COPAS


Com a fundação da Fifa em 1904, a idéia de criar uma competição envolvendo as principais seleções do planeta ganhou força. No ano seguinte foi estabelecida a competição, porém nenhum país se inscreveu. A Primeira Guerra Mundial freou a iniciativa, que só voltaria a ser debatida na década de 1920, quando o francês Jules Rimet e alguns companheiros da entidade máxima do futebol decidiram dar vida ao campeonato. A primeira edição foi realizada em 1930, no Uruguai, e ficou então estabelecido que o torneio ocorreria a cada quatro anos. A competição no país sul-americano sofreu com o amadorismo no esporte, a crise econômica na Europa e as dificuldades de transporte de um continente para outro, porém nada disso impossibilitou a sua realização O primeiro Mundial realizado na Europa ocorreria quatro anos depois, em 1934, na Itália, país que estava sob comando do ditador fascista Benito Mussolini, que utilizou o esporte para seu benefício ao colher os louros do título italiano. Depois da competição de 1938, na França, onde o Brasil obteve sua melhor campanha até então, terminando na terceira posição, a disputa foi cancelada na década seguinte (anos de 1942 e 1946), por conta da Segunda Guerra Mundial, que devastou o Velho Continente. Em 1950 ocorreu a primeira Copa do Mundo do pós-guerra. E o Brasil foi o país designado a abrigá-la. Para poder receber a competição, o Rio de Janeiro construiu um gigantesco estádio, o Maracanã, apelidado de “Maior do Mundo”, com capacidade para pouco mais 200 mil pessoas. Mas a expectativa brasileira de conquistar o caneco pela primeira vez fez água após a derrota por 2 a 1 para o Uruguai, que se tornaria bicampeão, no chamado “Maracanazo”. As Copas da década de 1950 - 54, Suíça, e 58, Suécia - foram disputadas na Europa com o claro objetivo político de acalmar povos e nações castigados pela Guerra. Na primeira, o mundo viu a maior média de gols até hoje da história das Copas – 5,38 gols por partida - e presenciou a máquina húngara de Kocsis e Puskas ser derrotada de forma surpreendente para a Alemanha por 3 a 1. Os mesmos alemães que a hungria derrotara por 8 a 3 na fase inicial. Mas foi no Mundial da Suécia que os amantes do futebol renderam-se ao talento de dois brasileiros: o menino Pelé, de apenas 17 anos, e o ponta-direita Garrincha. Os dois conduziriam o país ao seu primeiro título mundial após uma vitória por 5 a 2 sobre os donos da casa. A edição seguinte, em 1962, no Chile, rendeu o bicampeonato aos brasileiros, que não puderam ver Pelé desfilar toda sua habilidade devido a uma lesão na segunda partida, contra a Tchecoslováquia. Sobrou para Garrincha a responsabilidade de comandar a equipe verde-e-amarela e ele não fez feio: liderou a seleção canarinho, que novamente conquistou o mundo. Quatro anos depois, na Inglaterra, os anfitriões levantaram pela primeira e única vez a taça em uma polêmica final contra a Alemanha, com um gol irregular na prorrogação. A Copa de 1970 revolucionou o futebol mundial. Pela primeira vez a competição foi transmitida via satélite e em cores para grande parte do mundo. O Brasil de Pelé (já naquela época considerado o melhor jogador do mundo), Tostão, Rivelino, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, outra vez sagrou-se campeão - o primeiro a ganhar três vezes - após bater a Itália por 4 a 1 na final. Com o triunfo, os brasileiros ficaram em definitivo com a Taça Jules Rimet, que acabou sendo roubada e derretida anos mais tarde. Com a “posse brasileira” do troféu, uma nova taça precisou ser criada. A edição de 1974 ficou marcada pelo vistoso futebol do Carrossel Holandês de Cruyff, que apesar do encanto que gerou, foi derrotado na decisão pela anfitriã Alemanha por 2 a 1. Em 1978, a Argentina, jogando em seus domínios, arrebataria o seu primeiro caneco. Já as Copas da década de 1980 serão lembradas pelo futebol arte. Nesse período desfilaram na Espanha, em 1982, e no México, em 1986, estrelas como Zico, Platini, Boniek, Sócrates, Falcão e um dos melhores jogadores de todos os tempos, Diego Armando Maradona, principal nome do título argentino em solo mexicano. Em 1990, na Itália, o troféu ficou com a Alemanha Ocidental, comandada no banco pelo ex-jogador Beckenbauer. Quatro anos depois, nos Estados Unidos, o mundo ficou surpreso: recorde de público nos estádios e de audiência nas transmissões, e mais um título para a coleção brasileira. Outra vez em cima dos italianos, mas agora nos pênaltis. Em 1998, a Copa voltava para a Europa, dessa vez para França, que contava com Zidane em sua seleção. O meia não decepcionou e levantou a taça para os “blues”, com um contundente 3 a 0 sobre o Brasil, abalado pela polêmica escalação de Ronaldo na final após o atacante ter sofrido uma convulsão horas antes do jogo. Na primeira edição sediada por dois países, Coréia do Sul e Japão, em 2002,– a primeira também no continente asiático -, o Brasil voltou a fazer bonito e colocou mais uma taça em sua galeria. Comandada por Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, a seleção brasileira bateu a Alemanha em uma decisão e obteve o pentacampeonato, único até hoje. A expectativa para 2006, quando a competição foi realizada na Alemanha, era de mais um título para os favoritos brasileiros, mas a seleção canarinho foi surpreendida pelo futebol mágico de Zidane e pela França, que assim como em 86 e 98, voltaria a ser algoz do Brasil, desta vez nas quartas-de-final. Na ocasião, os franceses sagraram-se vice-campeões ao perderem para a Itália nos pênaltis, na decisão. O que marcou a final foi a cabeçada do francês Zidane no zagueiro Materazzi e sua expulsão na prorrogação em sua última partida como profissional. 
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