terça-feira, 22 de setembro de 2009

DANÇA NA IGREJA, PODE?


Um dos modismos mais comuns na igreja contemporânea chama-se ministério de dança: 
grupos de coreografia, com roupa geralmente colorida e movimentos sensuais, que sempre garantem a “unção” na hora do culto. 
 Aqueles que defendem a viabilidade dessa prática geralmente se apoiam em passagens do A.T., como o caso de Miriã (Êx 15.20) e de Davi (2Sm 6.16). 
O problema aqui é que, no primeiro caso, a dança aparece como um ato patriótico e não como parte da liturgia, e no segundo vemos um fato isolado. Resta-nos apenas o Salmo 150, cuja possível tradução seria “louvai ao Senhor com adufes e danças”, para sustentar o aludido "ministério". 
Não podemos, porém, ignorar a grande quantidade de eruditos, que afirmam que “adufes e flautas” é a melhor tradução do texto hebraico, fortalecendo a tradicional versão Revista e Corrigida. 
 Se não é conclusivo, e se ainda permanece o impasse acerca da dança no salmo 150, porque então não validamos de uma vez as danças na igreja como costume bíblico? 
O caso é que não se pode formular uma doutrina tendo como base um único texto. 
Uma andorinha só não faz verão... E mais: ainda que o salmo 150, bem como as passagens acerca de Davi e Miriã fossem consideradas como doutrina, a falta de alusão a tal prática no Novo Testamento seria um argumento liquidante. 
 De tudo o que eu já vi e ouvi dos defensores do ministério de dança, muito me chama a atenção o fato de que, dentro desse novo mover, apenas um pequeno grupo louva a Deus com movimentos corporais. Os demais crentes ficam passivos na hora da coreografia, apenas observando a apresentação dos dançarinos. 
Isso é no mínimo incoerente, pois, se Deus gosta tanto assim da dança, não seria muito mais óbvio que todos dançássemos? Porque o resto da igreja tem que ficar inerte, apenas observando, enquanto os outros louvam (dançam) à Deus? Devemos ser cautelosos acerca das inovações no culto religioso. Finalmente, depois de tudo o que dissemos aqui, creio que você mesmo pode responder à pergunta que deu origem ao tópico. Não se trata de farisaísmo ou de legalismo, e sim de bom senso! Eu ainda acho que a dança na igreja não edifica em nada, mas se alguém pensa diferente, sinta-se livre para expressar-se por meio de um comentário. .
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2 comentários:

  1. Parabens, irmão. Dança na igreja,pra mim nao pass de um espetáculo. Nem perco meu tempo olhando. Se desejar ver um show de dança, vou ao teatro

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  2. Roberto Martins de Souza31 de outubro de 2009 às 12:57

    Pode, desde que seja num clube, numa boate, num show de musica popular ou em baile de carnaval, do contrário há uma vontade exacerbada de pseudo-cristãos em se valer de textos isolados para dar legalidade Bíblica a mais esta investida do Diabo contra a igreja de Jesus Cristo. Estes locais são adequados e foram construídos para tal fim o que não é o caso da igreja. Nela a adoração deve ser o ponto alto, a presença e a ação do Espírito Santo devem ser vistas como algo que irá mover os corações a um culto que tenha razão de ser nas suas práticas.
    Ministério de Dança! Tem alguma referência na Bíblia? Há algum relato no Novo Testamento que possa servir de aval para que as nossas igrejas adotem mais este costume mundano? Os Discípulos em algum momento conduziram o povo a dançar como forma de adoração a Deus?
    O mundo cria, vem o crente burro e copia. É exatamente o que está acontecendo hoje no meio evangélico, literalmente tudo que é produzido nas oficinas do inferno está sendo incorporado nas práticas de culto no meio cristão com a desculpa esfarrapada de agradar a Deus. Segundo os incentivadores destas formas de culto o objetivo é a adoração com liberdade de expressão do corpo. O culto á carne através do corpo tomou forma e se instalou de forma tão sutil que agora a aceitação de coisas que antes eram inconcebíveis, hoje são praticadas livremente sem qualquer contestação.
    As igrejas estão sendo tolerantes com os ataques e as invasões que o mundo vem orquestrando para impor suas práticas, cedendo espaços para que o culto que deveria ser prestado em espírito e em verdade ganhe aspecto de espetáculos. A dança é apenas um detalhe nesta bancarrota em que a igreja se envolveu nos últimos tempos, muita coisa anda acontecendo debaixo de nossos olhos e em nome do “agradar a todos” para que não haja uma debandada geral o vale tudo literalmente passou a imperar no meio evangélico.

    A igreja está se esvaziando do Espírito Santo, por outro lado está transbordado em práticas contaminadas pelas mazelas arquitetadas pelo inimigo. O deleitar-se no Senhor foi substituído gradativamente pelo deleitar nas coisas do mundo; onde abundava a reverência e a racionalidade, passou-se a abundar um espetáculo que para os olhos pode parecer muito bonito, mas que em nada agrega a verdadeira adoração. Substituíram o Espírito Santo por um espírito de porco.

    Quanto mais a igreja se distancia de seus propósitos, mais se aproxima do mundo e neste processo de esvaziamento do cristianismo a degradação espiritual é notória em todos os aspectos da vida da igreja. Fugi da aparência do mal é uma recomendação expressa de Paulo aos cristãos e isto invalida qualquer possibilidade de associação com práticas que possam causar danos à imagem do evangelho.

    Lembro-me dos programas de auditório tipo “Chacrinha, Faustão, Domingo Legal onde a sensualidade faz parte do corpo de dançarinas que ocupam o palco durante as programações citadas. Os dançarinos homens, muitos com trejeitos femininos, requebram de um lado para o outro em coreografias que em nada diferenciam das que estão sendo praticadas em nossas igrejas.

    Na dança no culto quem dança é a adoração, pois o sensualismo se impõe . As coisas do alto estão sendo postas de lado dando lugar ao mundanismo, que disfarçado de culto derruba todas as regras estabelecidas no Novo Testamento para o exercício do culto como resposta do homem ás misericórdias de Deus sobre ele.

    “Rogo-vos, pois irmão pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
    E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus” - Romanos 12: 1 e 2 Carlos

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