quinta-feira, 14 de setembro de 2017

SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS

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O que é Síndrome das pernas inquietas?

Sinônimos: spi, síndrome de ekbom
Síndrome das pernas inquietas é uma condição em que a pessoa tem uma vontade incontrolável de mexer as pernas e as move involuntariamente. Normalmente esse movimento ocorre principalmente quando a pessoa está dormindo, atrapalhando a qualidade do seu sono.

Causas

Não se sabe ao certo qual é a causa da síndrome das pernas inquietas, alguns especialistas suspeitam que esteja relacionada com algum desequilíbrio da dopamina no cérebro, que manda as mensagens que controlam os movimentos musculares do corpo.
As causas da síndrome das pernas inquietas estão mais relacionadas, na verdade, aos fatores de risco.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco para a síndrome das pernas inquietas, temos:
  • Hereditariedade, no caso, ter alguém da família que desenvolveu a síndrome das pernas inquietas após os 40 anos de idade
  • Gravidez, já que mulheres grávidas costumam apresentar a síndrome, que em geral passa após o nascimento
  • Doenças crônicas, como Diabétes, doenças renais, doença de Parkinson ou Neuropatia periférica
  • Privação de sono
  • Uso de álcool ou cafeína
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Uso de algumas medicações para doenças psiquiátricas
  • Anemia
  • Processo de retirada de um sedativo 
  • Sintomas de Síndrome das pernas inquietas

  • O principal sintoma da síndrome das pernas inquietas é a vontade de manter esses membros em movimento. Os sintomas em geral incluem:
    • Começar a sentir a urgência em movimentar as pernas quando se está deitado ou sentado com as pernas endireitadas
    • Perder essa vontade quando se faz algum movimento intencional com as pernas, como alongá-las, sacudi-las, cruzá-las ou começar a andar
    • Sentir piora dos sintomas a noite
    • Ter crises de movimentos periódicos das pernas durante o sono, um outro quadro que faz com que a pessoa chute e movimente as pernas a noite toda, enquanto dorme
    Além dessas características, pessoas com síndrome das pernas inquietas também costumam ter sensações estranhas nas pernas, pés ou mesmo nas laterais do corpo e até nos braços, em alguns casos. As sensações costumam ser diferentes de uma câimbra ou dormência e costumam se caracterizar como:
    • Formigamento
    • Arrepios
    • Fisgadas
    • Latejar
    • Dores
    • Queimações
    • Comichões

      Buscando ajuda médica

      Muitas pessoas convivem com a síndrome das pernas inquietas sem saber ou dar atenção ao problema, pois não as incomoda. O ideal é buscar ajuda médica quando os sintomas da síndrome das pernas inquietas não parecem passar e atrapalham a qualidade do seu sono e desempenho das tarefas diárias.

      Na consulta médica

      Especialistas que podem diagnosticar uma síndrome das pernas inquietas são:
      • Clínico geral
      • Neurologista
      Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
      • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
      • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
      • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar
      O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
      • Você sente uma vontade irresistível de balançar as pernas?
      • Que palavras descrevem as sensações que você tem nas pernas?
      • Seus sintomas começam quando você está sentado ou deitado?
      • Seus sintomas pioram durante a noite?
      • Movimentar as pernas ajuda você a se sentir melhor?
      • Já lhe disseram que você movimenta as pernas, treme ou chuta durante a noite?
      • Você tem problemas em adormecer ou em permanecer dormindo?
      • Você se sente cansado ao longo do dia?
      • Alguém da sua família tem pernas inquietas?
      • Quanto de cafeína você consome ao dia?
      Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para síndrome das pernas inquietas, algumas perguntas básicas incluem:
      • Qual é a causa mais provável dos meus sintomas?
      • Quais são as causas possíveis?
      • Que exames eu preciso fazer?
      • Quais os tratamentos disponíveis para essa condição?
      • Eu tenho outras condições de saúde, como posso manejar todas juntas?
      • Que cuidados posso ter para melhorar minha condição?
      Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

      Diagnóstico de Síndrome das pernas inquietas

      O Grupo Internacional de Estudos da Síndrome das Pernas Inquietas estabeleceu os seguintes critérios de diagnóstico para o problema:
      • Ter desejo forte e por vezes irresistível de mover as pernas, normalmente acompanhado de uma sensação desconfortável nesses membros
      • Sintomas que começam ou pioram quando se está em descanso, como sentado ou deitado
      • Sintomas aliviados parcialmente ou temporariamente por atividades como alongamento ou caminhadas
      • Sintomas que pioram a noite
      • Sintomas que não podem ser explicados por nenhuma outra condição física ou mental
      O medico irá conduzir exames físicos e deve pedir por exames neurológicos, para confirmação do diagnóstico de síndrome das pernas inquietas. Entre eles há a eletromiografia, em que agulhas são colocadas no músculo problemático e ela funcionará como um eletrodo, verificando a atividade elétrica durante as contrações musculares.
      Outro exame comum é de velocidade de condução do nervosa, em que uma corrente elétrica fraca é usada para estimular os nervos, e é medido quanto tempo eles levam para responderem a esse impulso.
      Testes devem ser pedidos para verificar se há outras possíveis causas para o problema, como exames de sangue, principalmente para verificar os índices de ferro no sangue (que podem denunciar uma anemia).
      Algumas doenças podem ter sintomas que se assemelham à síndrome das pernas inquietas, entre elas:
      • Doença de Parkinson
      • Fibromialgia
      • Doenças musculares
      • Neuropatia diabética
      • Problemas ciruculatórios
      Caso o paciente também apresente sintomas de movimentos periódicos das pernas durante o sono, poderá ser encaminhado a um especialista em medicina do sono, que poderá conduzir um exame de polisonografia. Nele, o paciente é monitorado durante a noite toda de sono por um aparelho que mede atividade cerebral, batimentos cardíacos, respiração, atividade muscular e movimentos dos olhos.
    • Tratamento de Síndrome das pernas inquietas

      Muitas vezes a síndrome das pernas inquietas é resolvida com o tratamento da doença subjacente que está causando o problema, como a anemia ou a neuropatia.
      Caso não haja nenhuma condição associada ao quadro de síndrome das pernas inquietas, existem tratamentos focados em mudanças de hábitos ou medicamentos.

      Mudanças de hábitos

      Entre as mudanças de hábitos que podem amenizar ou mesmo solucionar os sintomas da síndrome das pernas inquietas, encontramos:
      • Banhos mornos e massagens, que relaxam os músculos
      • Tratamento com quente e frio, para reduzir as sensações nas pernas
      • Técnicas relaxantes, como ioga ou meditação, para redução do estresse, que pode agravar os sintomas do problema
      • Higiene do sono, pois a fatiga pode piorar os sintomas da síndrome. 
      • Exercícios regulares e moderados que envolvam também alongamentos, feitos sob orientação de um educador físico, podem melhorar os sintomas também
      • Redução no consumo de cafeína, como reduzindo o café, chás, refrigerantes e chocolates

      Medicamentos

      Não existem medicamentos feitos diretamente para o tratamento da síndrome das pernas inquietas. No entanto, alguns medicamentos desenvolvidos para o tratamento de outras doenças tem se mostrado eficazes para o problema. Entre eles:
      • Medicamentos que aumentam dopamina no cérebro
      • Drogas que mexem nos canais de cálcio
      • Opiódes, que no entanto podem causar vício se usados em grandes quantidades
      • Benzodiazepinas, categoria que engloba alguns relaxantes musculares e remédios para dormir
      Porém, alguns medicamentos que fazem efeito no começo do tratamento podem se tornar ineficazes com o tempo.
      Algumas drogas usadas para a síndrome das pernas inquietas também são contraindicadas na gravidez, nessa fase as mudanças de hábitos ajudam a controlar melhor o problema.
      O uso de antidepressivos e antipsicóticos pode piorar os sintomas da síndrome das pernas inquietas, por isso, se você usa essas medicações, converse com seu médico.
      Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

      Complicações possíveis

      Apesar de a síndrome das pernas inquietas ser um quadro simples e que muitas vezes não causa problemas, casos mais severos podem resultar em depressão e atrapalhar o cotidiano do paciente. Além disso, pessoas que desenvolvem o problema durante a noite ou tem movimentos periódicos das pernas durante o sono podem ter problemas como insônia ou noites mal dormidas.
    • Prevenção

      Não há formas conhecidas de se prevenir a síndrome das pernas inquietas.
    • Referências:
    • International Restless Legs Syndrome Study Group
    • Clínica Mayo

      • Manual Merck
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