N= FÍGADO NORMAL - F= FÍGADO COM GORDURA
A perigosa gordura no fígado
A saliência na barriga não é a única consequência da alimentação desequilibrada, calórica e perigosa à saúde. Embaixo da camisa apertada e da calça que não fecha pode estar um excesso de gordura invisível aos olhos, que encobre o fígado e causa uma doença silenciosa, a esteatose hepática.
Embora o Ministério da Saúde não tenha estatísticas oficiais sobre a incidência da doença no país, os dados existentes sobre a saúde do brasileiro mostram que boa parte da população está no alvo da esteatose: 48% dos brasileiros têm excesso de peso, um em cada cinco é fumante e 27% dos homens ingerem mais de quatro doses de bebida cada vez que decidem ingerir álcool.
“A doença hepática gordurosa do fígado associa-se intimamente ao estilo de vida presente nas grandes cidades”, alerta o Dr. José Antonio Maluf de Carvalho, responsável pelo núcleo de Medicina Preventiva do Einstein. Isso indica que de mãos dadas com a esteatose estão a falta de atividades físicas, o tabagismo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, além da dieta rica em gorduras e produtos industrializados.
Segundo Ana Maria Pita Lottenberg, nutricionista e coordenadora do curso de pós-graduação em Nutrição do Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa, alerta que o consumo de gordura diário não pode ultrapassar 30% do valor calórico total de uma dieta. “Quem consome quantidades elevadas de gordura na dieta, mesmo que sejam as chamadas gorduras saudáveis, podem desenvolver esteatose hepática”. O tipo mais perigoso, no entanto, é a gordura trans, porque é a que mais induz depósito de gordura no fígado, explica. Ela é encontrada em biscoitos, salgadinhos, pão de queijo, folhados e outros tipos de alimento.
Essa relação com hábitos nada saudáveis também explica como é formado o grupo de maior risco para desenvolver a doença. Os obesos, os diabéticos (do tipo 2) e os homens (mais numerosos do que as mulheres entre os fumantes e os dependentes de bebidas alcoólicas) são maioria entre os pacientes, informa o médico gastroenterologista Dr. Jaime Zaladek Gil.
Apesar de a doença afetar o fígado – um órgão importante no metabolismo do organismo – a esteatose não costuma dar sinais sobre sua presença. “Geralmente não há sintomas. Em casos raros há o relato de um desconforto na região do abdome. Por isso, o diagnóstico é difícil”, explica o médico.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença é feito com o auxílio de exames como ultrassonografias, biópsias ou ressonâncias magnéticas. Esses exames detectam alterações nas células hepáticas e na textura do órgão. “Em alguns casos, a esteatose hepática pode evoluir para cirrose e câncer de fígado”, alerta o Dr. Fernando Pandullo, hepatologista do Einstein. Além disso, quando não tratada, a doença pode evoluir para hepatite ou até resultar na falência do órgão.
Tratamento
O tratamento é realizado com medicamentos, mas a mudança no estilo de vida é fundamental para reverter as lesões no fígado. “Abstinência de bebida alcoólica, perda de peso, controle do diabetes, tratamento da dislipidemia (níveis elevados de colesterol e triglicérides) são medidas de tratamento da doença. Alguns medicamentos como metformina e vitamina E podem ser utilizados, porém, sem as medidas anteriores, eles não são muito efetivos”, alerta o Dr. Fernando.
Ana Maria Pita Lottenberg reforça que mudar os hábitos alimentares é essencial para o sucesso do tratamento. “É preciso adequar a dieta e reduzir a ingestão de gordura”. A nutricionista chama a atenção também para o consumo excessivo de frutose e sacarose. “O fígado não consegue queimar todo esse açúcar e ele é convertido em gordura”, diz.
Vale ressaltar, no entanto, que não estamos falando da fruta em si, explica ela, mas sim do consumo exagerado de sucos – naturais ou não – adoçados a base desses tipos de açúcares. “Comer uma fruta é uma coisa, você consome fibras, vitaminas, há um equilíbrio. Outra é tomar um copo de suco, que pode conter até três frutas e, além disso, ainda são adoçados com açúcar. A ingestão diária recomendada é de três a quatro frutas por dia”, esclarece.
A esteatose hepática pode ser evitada, assim como suas perigosas consequências. Para isso, é importante seguir uma dieta adequada, realizar atividades físicas, controlar o peso e o diabetes (caso tenha a doença), evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, não recorrer à automedicação e realizar exames de saúde preventivos. Seguindo essa receita é muito grande a chance de manter essa inimiga silenciosa longe de você.
Tatiana Zanin (Nutricionista)
Os sintomas de gordura no fígado, ou esteatose hepática, como é cientificamente chamada, são a perda do apetite e a dor abdominal do lado direito, que vão se instalando aos poucos. Outros sintomas incluem:
- Barriga inchada;
- Cansaço;
- Dor de cabeça;
- Enjoo;
- Vômito;
- Cor amarelada nos olhos e na pele;
Ao observar esses sintomas, o indivíduo deverá ir ao médico para realizar exames de diagnóstico, como o exame de sangue e a ressonância magnética. Assim, a doença pode ser diagnosticada e devidamente tratada com dieta e exercícios.
DICA IMPORTANTE:
O melhor mesmo é prevenir. Uma boa alimentação, saudável e sem abusos, nem de determinados alimentos prejudiciais nem de álcool ou drogas, exercício físico regular e visitas frequentes no médico especialista, farão com que, mantendo a vigilância apertada, não venha a sofrer de sintomas de fígado gordo.
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do departamento de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo. "Isso não significa que pães e massas devam ser abolidos do dia a dia", esclarece a especialista. "Mas é preciso consumi-los com moderação."
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Cuidado com algumas gorduras
Quem se abarrota de carnes vermelhas, manteiga, frituras e biscoitos industrializados leva para dentro do organismo um batalhão de gorduras saturada e trans. Daí, a silhueta e, claro, o fígado engordam.
Invista nas fibras
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de um fígado em forma.
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Estamos falando dos ácidos graxos monoinsaturados e dos parceiros polinsaturados. Com o perdão dos palavrões, são essas as gorduras que merecem respeito porque ajudam o fígado emagrecer.
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que podem prejudicar o corpo - e o fígado.
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