Ora, Aquele que é
poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação,
imaculados diante da Sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus
Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as
eras, e agora, e por todos os séculos. S. Judas 24 e 25.
Aninhado num
penhasco de cem metros de altura, em Portugal, encontra-se um velho mosteiro. Em
1946, meus pais visitaram aquela impressionante estrutura enquanto esperavam
vistos de entrada para Moçambique, então uma colônia portuguesa. Para chegar ao
topo, mamãe e papai tiveram de ser amarrados a uma grande cesta de vime. Vários
monges os içaram por uma roldana e uma corda presa à cesta.
Conta-se que
uma vez um turista, tendo-se acomodado confortavelmente na tal cesta para o
precário passeio, perguntou a um dos monges com que freqüência a corda era
substituída. "Toda vez que ela se rompe", respondeu o monge.
Se nossa vida
depende de algo ou de alguém, queremos ter a certeza de que essa pessoa ou coisa
não nos vai deixar "cair" num momento crítico. Assim é a nossa natureza.
Nada de origem humana poderá manter-nos em pé para sempre. Mas no âmbito
espiritual há Um que pode, se Lho permitirmos. A promessa é segura: "O Deus
eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos." Deut.
33:27.
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Porque Deus que
disse: De trevas resplandecerá luz - Ele mesmo resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. II Cor.
4:6.
Donald Grey
Barnhouse, em seu livro Let Me Illustrate (Permita-me Ilustrar), página 156,
relata um incidente que lança luz sobre o nosso texto.
Um jovem oficial
ficou cego, aparentemente em uma das guerras mundiais. Enquanto convalescia, foi
cuidado por uma enfermeira pela qual se apaixonou e com quem se casou mais
tarde. Certo dia, ouviu por acaso uma conversa a respeito dele e de sua esposa.
O cruel comentário foi mais ou menos assim: "Sorte dela que ele é cego. Ele
provavelmente não teria casado com uma mulher tão feia, se tivesse visão
perfeita.
Caminhando na direção daquelas vozes, ele disse: "Ouvi por
acaso o que vocês disseram e agradeço a Deus, do fundo de meu coração, a
cegueira que tenho; caso contrário, eu poderia ter deixado de ver o maravilhoso
valor da alma dessa mulher que é minha esposa. Ela possui o mais nobre caráter
que já conheci. Se as feições do rosto dela são tais que poderiam ter mascarado
a sua beleza interior, então eu sou o maior ganhador por ter perdido a
visão!".
Esperança Para
Cegos e Surdos-Mudos
Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e os
cegos, livres já da escuridão e das trevas, as verão. Os mansos terão regozijo
sobre regozijo no Senhor, e os pobres entre os homens se alegrarão no Santo de
Israel. Isa. 29:18 e 19.
No livro There Are
Sermons in Stories (Há Sermões em Histórias), escrito por William L. Stidger, o
autor conta acerca da primeira vez que ele viu Helen Keller; fora numa palestra
dela. Anteriormente Helen havia aprendido a falar audivelmente; assim, apesar de
muda e completamente cega, ela proferiu uma palestra. No encerramento, houve
estrondosos aplausos e Helen começou a bater palmas também, com alegre
exuberância.
Era evidente que, de alguma forma, Helen havia percebido o
entusiasmo do auditório. Assim, depois de os aplausos terem cessado, o
presidente da reunião perguntou-lhe, por intermédio de Ann Sullivan que sempre a
acompanhava, como ela fora capaz de sentir os aplausos, sendo que não podia ver
nem ouvir.
"Através das vibrações nos meus pés", explicou
Helen.
Alguém então lhe perguntou qual era seu livro preferido, e Helen
bradou com exultação: "A Bíblia! É o livro mais maravilhoso do mundo!"
E
quando perguntada por que a Bíblia significava tanto para ela, Helen respondeu:
"É porque, em minhas trevas, a Bíblia me faz ver a Grande Luz!"
Em Isaías 9:2, o
profeta diz que "o povo que está andando na escuridão verá uma grande Luz. Essa
Luz vai brilhar e iluminar todos os que vivem na região da sombra da morte". A
Bíblia Viva. A escuridão da qual Isaías fala é a escuridão espiritual, e a
grande Luz não é outra senão Jesus, que Se declarou a Luz do mundo (ver S. João
9:5).
É nosso privilégio refletir a Luz do mundo, não importa qual seja
nossa área de atuação. Ao partilharmos a Luz do Livro com aqueles que caminham
nas trevas, quer em países estrangeiros quer em nossa pátria, minha esposa e eu
nunca deixamos de emocionar-nos ao ver a luz da alegria no rosto de novos
conversos. Você também pode sentir essa emoção!
Luzes
Alinhadas
Ensina-me a fazer a Tua vontade, pois Tu és o meu Deus: guie-me
o Teu bom Espírito por terreno plano. Sal. 143:10.
Em uma noite escura
e sem estrelas, há muitos anos, o Dr. F. B. Meyer atravessava o Canal de S.
Jorge, no País de Gales, quando começou a imaginar como é que uma embarcação
viajando numa noite como aquela poderia chegar ao porto sem perder-se. O
comandante estava ali por perto, de modo que o Dr. Meyer lhe fez a
pergunta.
- O senhor vê aquelas três luzes? - perguntou o
comandante.
- Sim - respondeu o Dr. Meyer.
- Bem, o piloto precisa
manobrar o navio até que aquelas três luzes pareçam ser uma só. Quando isso
acontecer, saberemos a posição exata da entrada do porto.
Algo semelhante
acontece no âmbito espiritual. Quando pedimos que Deus responda às orações, três
coisas precisam estar "alinhadas": (1) Está a nossa oração em harmonia com a
vontade de Deus revelada em Sua Palavra? (2) A resposta à nossa oração trará
glória a Deus? (3) Estamos dispostos a esperar que Deus nos responda no momento
certo e da maneira apropriada, segundo a Sua onisciência? Quando essas três
"luzes-guia" estiverem alinhadas, poderemos descansar na certeza de que nossas
orações serão sempre atendidas para o nosso bem eterno.
A Bíblia fala
daqueles que oram "mal" (S. Tiago 4:3). Recentemente, li acerca de um incidente
que ilustra esse fato. Um pastor jovem, solteiro, estivera orando para que Deus
lhe enviasse a esposa perfeita, quando leu um artigo escrito por uma mulher,
numa revista para cristãos solitários. Mil pensamentos começaram a rodopiar na
mente do jovem pastor. A autora parecia encaixar-se perfeitamente dentro do
ideal dele. Resolveu escrever uma carta ao redator da revista, declarando que
ele tinha certeza de que a autora do artigo era a resposta de Deus às suas
orações, e pedindo o endereço dela. Você pode imaginar a surpresa e consternação
dele quando o redator respondeu informando que aquela mulher já era
casada!
Esse jovem pastor era aparentemente sincero. Mas, sincero ou não,
ele deixou de seguir as diretrizes da oração eficaz. Não é de admirar que Deus
não tenha atendido sua oração. Quando você e eu pedimos que Deus nos responda às
orações, precisamos ter a certeza de que estamos alinhados com Suas três luzes
orientadoras (antes de nos lançarmos em um curso de ação
insensato).
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