segunda-feira, 27 de abril de 2015

FIBROMIALGIA

                                 
                                                      Fibromialgia se fosse visível seria assim. 


O que é Fibromialgia?

Fibromialgia é uma síndrome comum em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles.
A fibromialgia está diretamente ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. 
Pesquisadores acreditam que a síndrome é causada por um descontrole na forma como o cérebro processa os sinais de dor.
                      
Buscando ajuda médica

Os sintomas de fibromialgia são muito similares a sintomas de outras síndromes. Geralmente ele é feito por um reumatologista.

Por isso, é importante que, durante da consulta, você:
  • Descreva todos os seus sintomas e a intensidade das dores que sente
  • Fale sobre problemas médicos que teve no passado, bem como o de seus parentes
  • Relate todos os medicamentos e suplementos que toma
Diga ao médico se tem problemas ao dormir. Ele deverá perguntar também sobre eventuais sintomas de depressão e ansiedade.
                           
                                 Locais do corpo onde o indivíduo com fibromialgia pode ter dor

Causas

As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome. Confira:
  • Genética: fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome
  • Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas da fibromialgia
  • Distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão também podem estar ligados de alguma forma à síndrome.
                         
                                        Pontos dolorosos da fibromialgia


Fatores de risco

Os médicos alertam para alguns fatores de risco que facilitam o surgimento de fibromialgia. Confira:

  • Sexo: a síndrome é mais comum em mulheres do que em homens, em especial naquelas entre 20 e 50 anos
  • Histórico familiar: a doença é recorrente entre membros de uma mesma família, indicando que talvez exista algum fator genético envolvido nas suas causas.
                       

Problemas para dormir aumentam chances de fibromialgia

Estudo analisa riscos da doença em mulheres de meia idade

Um estudo publicado no periódico Arthritis & Rheumatism revelou que mulheres que apresentam problemas para pegar no sono ou permanecer dormindo estão mais propensas a desenvolver fibromilagia do que aquelas que dormem bem. A análise foi liderada por pesquisadores da University of Science and Technology, na Noruega.

A pesquisa analisou mais de 12 mil mulheres com 20 anos ou mais que não apresentavam dor ou rigidez muscular por um período de 10 anos. Elas realizaram exames físicos e responderam a um questionário descrevendo o seu histórico médico. Os cientistas também questionaram as mulheres sobre os seus hábitos noturnos para avaliar a qualidade do sono.

Diagnóstico de Fibromialgia

O diagnóstico da fibromialgia é feito clinicamente (por meio da história dos sintomas e do exame físico) Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.
                       

Fibromialgia tem difícil diagnóstico

Exames laboratoriais não acusam doença

POR MINHA VIDA PUBLICADO EM 15/07/2009
Como se trata de uma doença cujos exames laboratoriais não acusam, o diagnóstico costuma ser demorado. Segundo a especialista, a média de tempo para o diagnóstico entre pacientes de classes A e B é de cinco anos e nas classes C e D, pode superar 10 anos. Os médicos estão acostumados a valorizar apenas os exames laboratoriais e a maioria não têm tempo para ouvir o paciente que peregrina de consultório em consultório, fazendo exames desnecessários que oneram o serviço de saúde público e privado. 

Os principais sintomas da doença são dores pelo corpo, cansaço mesmo após dormir horas seguidas, fadiga, dores de cabeça, sensação de formigamento, agulhadas e inchaço, dores durante o período menstrual, rigidez no corpo pela manhã, sintomas de ansiedade e depressão, entre outros. A fibromialgia é uma doença crônica e seu tratamento deve ser multifocal. O uso de medicamentos como antidepressivos, analgésicos e anti-inflamatórios deve ser aliado a exercícios físicos, massagens, acupuntura e pilates, entre outros. A prática de exercícios físicos é a única maneira de aumentar a serotonina naturalmente. Entretanto, é preciso iniciar o tratamento com medicamentos para controlar a dor e dar condições para que o paciente consiga começar a se exercitar. 

Márcia Veloso Kuahara é reumatologista e professora da UNINOVE.

        Resultado de imagem para fotos de pessoas com dores
Fibromialgia: diagnóstico não pode ser feito com exames e tratamento é individualizado

Entenda como a dor generalizada acontece e quais os métodos para aliviar

ARTIGO DE ESPECIALISTA PUBLICADO EM 20/05/2014
foto especialista
Ieda Laurindo REUMATOLOGISTA
ESPECIALISTA MINHA VIDA
Talvez seja a doença que traga mais sofrimentos para o paciente. Dor generalizada é a queixa principal, frequentemente acompanhada por cansaço, problemas de memória e alterações do sono.  Nenhum destes sintomas tem uma "expressão visível" aos colegas de trabalho e familiares. Não existe inchaço ou deformidades articulares que possam ser "vistas", os exames laboratoriais são normais. O paciente sofre e não há nada "mensurável" ou demonstrável em correspondência a este sofrimento. O diagnóstico é demorado, geralmente só ocorre após passagem por muitos médicos e realização dos mais diferentes exames, sempre normais.
                    Resultado de imagem para fotos de pessoas com dores
 
A fibromialgia pode ser definida com um estado de dor crônica, ou seja, existe o relato de uma dor ou outra "desde sempre".  Dor é a manifestação central da doença, é o que define a doença. Muitos pacientes referem ter apresentado uma dor ou outra durante toda a vida, por exemplo, dor de cabeça, dores e desconforto associados à menstruação e ovulação, dor na articulação tempo-mandibular ("dor ao mastigar" como a queixa mais comum), fadiga crônica, alterações gastrointestinais funcionais (como cólicas e hábito intestinal irregular, alternando períodos de obstipação e diarreia), endometriose, dores nas costas e pescoço, etc.
Atualmente classificamos a fibromialgia como uma dor ou estado de dor de origem central, significando que o paciente desde jovem sofre com dor em diferentes pares do corpo em diferentes momentos da vida. Ou seja, existe um estímulo ou estímulos normais da vida diária que, no sistema nervoso central do paciente com fibromialgia, são amplificados e passam a ser percebidos como estímulos dolorosos. Podemos imaginar que nestes pacientes o limiar de dor ou o sensor que determine quando um estímulo passa a ser doloroso está regulado em um nível mais baixo; eles apresentam um interruptor, um "on-off" para dor mais baixo ou mais sensível que os demais. Pacientes com fibromialgia percebem como dor um estímulo de "toque" ou de "pressão", por exemplo, que seriam meramente desconfortáveis em outra pessoa.
                    Resultado de imagem para fotos de pessoas com dores
E isto não pode ser controlado pelo paciente sem ajuda, sem tratamento adequado. É fundamental para o paciente e para os que lhe estão próximos, a compreensão de que não se trata de vontade, de querer ou não, o paciente sofre e precisa de tratamento. 
Diante deste estado de dor crônica, de "dolorimento" constante, pesquisas evoluíram para estudos funcionais do cérebro, demonstrando, por exemplo, padrões de ativação em áreas cerebrais de processamento de dor diante de um estímulo de pressão leve ou calor moderado nos pacientes com fibromialgia. Estes e outros estudos demonstraram uma base biológica para a fibromialgia e outras síndromes de amplificação da dor.
 Compreendendo melhor a doença, entendemos e explicamos melhor os diferentes sintomas. Com isso, conseguimos um melhor tratamento.
A sensibilidade à dor é decorrente de componentes genéticos (vários genes) e ambientais, sendo diferente em cada pessoa (algo como ter ou não ter cócegas com um estímulo). Depende do balanço ou atividade de diferentes mediadores do sistema nervoso, explicando porque determinados medicamentos para a dor que agem diretamente no sistema central podem ajudar na melhora de diversos componentes da fibromialgia como dor, sono, humor, fadiga em um indivíduo e serem totalmente sem efeito em outro paciente.  
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Fatores do meio ambiente podem desencadear a doença, como infecções, traumas, estresse, ou piorar seus sintomas, como inatividade física e má qualidade do sono. 
Embora o tratamento da fibromialgia deva ser individualizado, não há dúvida da importância de atividade física regular, do exercício para a melhora dos sintomas. Deve ser iniciado de forma gradual, respeitando-se os limites do paciente, mas é um elemento fundamental do tratamento (ainda que cause alguma dor/desconforto nos primeiros dias), associado ou não ao tratamento medicamentoso.
 Todos os pacientes precisam ser educados a respeito da natureza da fibromialgia, do fato de que não é uma doença progressiva, de que seu tratamento depende da participação ativa do paciente "descobrindo" em parceria com o médico a melhor maneira de reduzir o estresse, de melhorar a qualidade do sono e de praticar exercícios. O tratamento medicamentoso também deve ser amplamente discutido e as decisões compartilhadas.
 A fibromialgia pode, portanto, ser considerada um diagnóstico ou um conjunto de sintomas caracterizado por um mecanismo de amplificação da dor de origem central com fadiga, alterações de memória, do sono e do humor. 

Referências

Daniel J. Clauw,  Fibromyalgia - A Clinical Review 

JAMA. 2014;311(15):1547-1555. doi:10.1001/jama.2014.3266.

Mergener, Michelle et al. Influência da interação entre qualidade ambiental e o SNP T102C do gene HTR2A sobre a suscetibilidade à fibromialgia. Rev. Bras. Reumatol., Dez 2011, vol.51, no.6, p.594-602. ISSN 0482-500

Ramiro, Fernanda de Souza et al. Investigação do estresse, ansiedade e depressão em mulheres com fibromialgia: um estudo comparativo. Rev. Bras. Reumatol., Jan 2014, vol.54, no.1, p.27-32. ISSN 0482-5004

Valim, Valéria et al. Efeitos do exercício físico sobre os níveis séricos de serotonina e seu metabólito na fibromialgia: um estudo piloto randomizado. Rev. Bras. Reumatol., Dez 2013, vol.53, no.6, p.538-541. ISSN 0482-5004
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Tratamento de Fibromialgia

O tratamento de fibromialgia é mais eficaz quando são unidos medicamentos e cuidados não medicamentosos. O foco é evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde de modo geral.
  • Fisioterapia
  • Programa de exercícios e preparo físico
  • Métodos para alívio de estresse, incluindo massagem leve e técnicas de relaxamento
  • Terapia cognitivo comportamental.
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Existem várias classes de medicamentos que são utilizados em conjunto com o tratamento não medicamentoso. As drogas mais utilizadas são analgésicos de ação central, incluindo algumas drogas antidepressivas e antiepilépticas que têm esta ação analgésica. Medicamentos para melhorarem o padrão do sono e miorrelaxantes também são, frequentemente, utilizados isoladamente ou em conjunto com medicamentos analgésicos.
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A terapia cognitivo-comportamental é uma parte importante do tratamento. Com ela, você aprenderá a:
  • Lidar com pensamentos negativos
  • Manter um diário de seus sintomas e dores
  • Reconhecer o que agrava seus sintomas
  • Buscar praticar atividades agradáveis
  • Estabelecer limites.
  • Seguir uma dieta bem balanceada
  • Evitar cafeína
  • Manter uma boa rotina de descanso para melhorar a qualidade do sono
  • Acupressão e acupuntura.
  • Os casos graves de fibromialgia podem ser encaminhados a uma clínica especializada em dor.
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Musicoterapia mostra eficácia tratando sintomas da fibromialgia

Pacientes submetidos à terapia musical tiveram redução de dor e depressão

POR MINHA VIDA PUBLICADO EM 27/05/2011

O estudo teve 60 pacientes que sofrem de fibromialgia, escolhidos aleatoriamente na Espanha e divididos em dois grupos. Durante quatro semanas, foram aplicadas em um dos grupos uma técnica de relaxamento com imagens e musicoterapia, em uma série de sessões conduzidas por um pesquisador. 
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Esse grupo de pacientes recebeu um CD para ouvir em casa. Em seguida, os pesquisadores mediram uma série de variáveis associadas aos principais sintomas da fibromialgia, como a intensidade da dor, qualidade de vida, o impacto da doença na vida diária do paciente, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e bem-estar.  
Enquanto o grupo que não foi submetido à terapia não relatou mudanças na dor, o outro grupo, que passou pela musicoterapia, teve redução significativa de dor e depressão depois das quatro semanas de tratamento. 
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Os estudiosos acreditam que existem ferramentas - como a arte de relaxamento, com imaginação guiada e musicoterapia receptiva - que são, efetivamente, eficientes no tratamento dos sintomas dessa doença. O baixo custo, fácil implementação e o fato de que os pacientes podem se envolver em seu tratamento em casa são algumas das vantagens dessa técnica. 

O próximo passo do estudo é descobrir outras variáveis fisiológicas associadas ao bem-estar gerado por essas duas técnicas e o impacto da participação dos pacientes em seu próprio tratamento. 

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Fibromialgia arrasa sua saúde e confunde os médicos

Síndrome causa dores insuportáveis, tristeza e perda de memória

POR MINHA VIDA ATUALIZADO EM 12/05/2010
Imagine que você passou horas apertada dentro de uma caixa, sem espaço para se mexer ou respirar direito. Pense como essa situação fragiliza seu corpo e sua mente: todos os seus músculos ficam doloridos e dormentes, seu pensamento é dominado por um misto de ansiedade e depressão. A cabeça parece pesar 200 quilos e você começa a apresentar dificuldades para dormir e executar tarefas comuns. A memória começa a falhar e a concentração diminui. A descrição lembrou um filme de terror, com requintes de tortura? 

Antes fosse. É assim que se sentem os portadores de fibromialgia, explica Ana Márcia Proença, educadora física e terapeuta corporal que atende pacientes com o problema que, atualmente, vitima principalmente as mulheres. Os portadores desta síndrome dolorosa de origem ainda desconhecida costumam enfrentar uma maratona até chegar a um diagnóstico, normalmente é difícil e demorado. Com predominância entre o sexo feminino (cerca de 80% a 90% das pacientes são mulheres entre 30 e 50 anos), as pacientes costumam chegar ao consultório médico com no mínimo três dos seguintes sintomas: 
Dores fortes e difusas nos músculos, tendões, ligamentos e articulações por mais de 3 meses 
Fadiga e distúrbios de sono 
Sensação de queimação e/ou contrações espasmódicas nos músculos 
Hipersensibilidade ao toque 
Dificuldade de concentração e perda de memória 
Enxaquecas crônicas TPM forte, com náuseas, fortes alterações de humor e dores abdominais 
Problemas digestivos como diarréia, intestino preso e gases 
Disfunção Temporomandibular (na lateral da testa e no queixo, perto das orelhas) ou algum desconforto ou dor constante na mandíbula 
Dormência e formigamento 
Ansiedade e depressão 
Ser portador de Lupus Eritematoso Sistêmico, Síndrome da Fadiga Crônica, osteoartrose, Artrite Reumatóide, hérnia de disco ou osteoporose  

                       Resultado de imagem para fotos de pessoas com dores

Diagnóstico, outro calvário

Mesmo com todos os sintomas, o diagnóstico muitas vezes é complicado, confundido com outras enfermidades ou tratado como algo emocional e não uma síndrome real. Existe uma dificuldade no diagnóstico e o preconceito de alguns profissionais que, às vezes, acreditam que a paciente não tem nada, acontece principalmente porque, apesar de reclamarem de muita dor muscular em reação ao toque e/ou movimento, não há evidências clínicas de qualquer lesão nos tecidos. 

Ou seja, nos exames não aparece nenhum problema visível nas articulações ou músculos. Na prática, o paciente perde a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. Os níveis de produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela liberação de alguns hormônios, controle da dor, sono e apetite, entre outros) diminuem e surge a hipersensibilidade a estímulos que normalmente não causariam dor. "Eu me sentia cansada o dia todo, já acordava fatigada", conta a alemã naturalizada brasileira Christel Hunsaker, 63 anos. "E a dor foi aumentando, chegou num ponto em que nem saía mais, de tanto que doía". Demorou mais de um ano para me diagnosticarem com fibromialgia, revela.  
                       Resultado de imagem para fotos de pessoas com dores

Causas da síndrome

Segundo o chefe do ambulatório de fibromialgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Eduardo S. Paiva, os estudos apontam para uma origem genética. Mas ainda não existe evidência de que um único gene seja responsável por todos os sintomas. "Além disso, muitas vezes a bagagem genética necessita de um gatilho ambiental, como um estresse físico ou psicológico", afirma. Já as terapias corporais têm um ângulo complementar para avaliar o surgimento da síndrome. 
                              Resultado de imagem para fotos de pessoa com dores nas pernas

Os músculos carregam nossa história de vida, nossa memória afetiva, sentimentos, pensamentos e reações, externalizadas ou não. "A serotonina, substância associada a esse quadro, não é apenas a responsável química pela transmissão da dor, mas também pela nossa capacidade de sentir prazer", analisa Ana Márcia Proença. Concordar com tudo, negar nossas raivas e ressentimentos e a necessidade de agradar os outros em detrimento de nossos próprios anseios e necessidades tornam as mulheres mais suscetíveis ao desenvolvimento dessa síndrome. "É algo que vai além de questões hormonais", diz a terapeuta. 

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