sábado, 17 de fevereiro de 2024

SISTEMA SOLA


Aprender sobre os planetas do Sistema Solar, além de essencial para compreender a grandiosidade da Terra e do Universo, pode ser muito divertido!

  1. O Sol corresponde a 99,86% da massa total do Sistema Solar.
  2. Nosso sol é uma bola de fogo gigante movida por reações nucleares e fornece a energia que sustenta a vida na Terra.
  3. O Sol está entre 25.000 e 30.000 anos-luz do buraco negro supermassivo que forma o centro de nossa galáxia.
  4. Se nosso sistema solar fosse do tamanho de sua mão, a Via Láctea cobriria a América do Norte.
  5. Oito planetas confirmados e pelo menos cinco planetas anões orbitam nosso sol.
  6. Mercúrio foi nomeado em homenagem ao mensageiro dos deuses romanos, por causa de sua rotação rápida em torno do sol.
  7. Com o nome da deusa romana do amor, Vênus é o planeta mais quente do nosso sistema solar.
  8. Os cientistas acham que a lua da Terra foi formada a partir de um pedaço da Terra que se partiu quando um objeto gigante colidiu com o planeta.
  9. Existem rochas encontradas na Terra que vieram diretamente de Marte. Acredita-se que essas rochas caíram aqui devido a um asteróide que atingiu Marte, ou de uma explosão vulcânica em nosso planeta vizinho.
  10. A maioria dos elementos encontrados em outros planetas são hélio e hidrogênio. Entretanto, 90% da Terra é composta de ferro, oxigênio, silício e magnésio.
  11. Marte, o Planeta Vermelho, abriga o maior vulcão do sistema solar, o Olympus Mons.
  12. Júpiter é duas vezes maior que todos os outros planetas do sistema solar combinados e, no entanto, tem o dia mais curto de todos, levando 10 horas para girar em torno de seu eixo.
  13. Saturno, além dos seus anéis, também tem 82 luas, variando desde o tamanho de um campo de futebol ao tamanho do planeta Mercúrio.
  14. Urano foi o primeiro planeta a ser descoberto usando um telescópio. É composto de elementos mais pesados que seus vizinhos gasosos, sendo uma mistura de água, metano e amônia.
  15. Netuno, que deve o seu nome ao deus romano do mar, está tão longe do sol que leva 4 horas para a luz do sol chegar ao planeta.
  16. Os ventos fortes de Netuno impulsionam nuvens de metano congelado a velocidades de até 2.000 km/h.
  17. Plutão, que já foi o nono planeta do Sistema Solar, foi rebaixado ao status de planeta anão em 2006 porque divide sua órbita com outros objetos espaciais. 
  18.  Se você for para o espaço, sem a gravidade da Terra, sua coluna é capaz de se expandir e você pode crescer até 5cm.
  19. “Lixo espacial” pode ser qualquer objeto feito pelo homem e deixado flutuando no espaço. Os cientistas estimam que haja pelo menos 500.000 peças de lixo espacial atualmente em órbita.
  20. Existem mais estrelas no Universo do que grãos de areia em todas as praias da Terra juntas. Apenas dentro de nossa galáxia, a Via Láctea, podem existir cerca de 400 bilhões de estrelas.

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domingo, 14 de janeiro de 2024

A LUA E O SOL

 

O que a Lua disse ao Sol?

Nossa você é tão grande e ainda não te deixam sair à noite!

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terça-feira, 13 de junho de 2023

LEMBRANÇAS DE UMA CIDADE - Autor: Wilson Kocis


       LEMBRANÇAS DE UMA CIDADE


 DO ALTO DO MORRO SANTO ANTONIO

AVISTO A CIDADE DE CARAGUÁ,

QUE ME TRÁS À LEMBRANÇA

MUITA COISA QUE JÁ NÃO HÁ.


LEMBRO DOS DIAS ENSOLARADOS DE NÃO SE AGUENTAR

NA SORVETERIA PRACINHA,

TOMAVA UM DELICIOSO SORVETE

AFIM DE ME REFRESCAR.


AS COMPRAS FAZIA NO SUPERMERCADO GARÇA

ERA UM MERCADO DA HORA,

QUE HOJE ME TRÁS A LEMBRANÇA

O SENHOR OSWALDO TARORA.


A LOJA DE MÓVEIS OURO VERDE

ERA A MELHOR DA REGIÃO,

O CLIENTE COMPRAVA A VISTA

OU EM SUAVES PRESTAÇÃO.


A PIZZARIA FIORUCCI

ERA A SENSAÇÃO,

FICAVA SUPERLOTADA

SOB O COMANDO DO JOÃO.


O RESTAURANTE DO JOÃO BIGODE

ERA O QUE MAIS TINHA MOVIMENTO,

VENDIA COMIDA BARATO

E DEIXAVA O FREGUES SATISFEITO.


A QUITANDA MIRANTE DAS FRUTAS

TINHA GRANDE VARIEDADE,

ATRAÍA A FREGUESIA

COM PREÇO BAIXO E QUALIDADE.


TINHA TAMBÉM A CASA DO NORTE

BEM ALI NA ALTINO ARANTES,

LUGAR BOM DE SE COMPRAR

ARROZ, FEIJÃO, FARINHA E ATÉ JABÁ.


DA LOJA ALOUAN

LEMBRO DO SEU SIMÃO,

ESSA LOJA JÁ EXISTIA

MUITO ANTES DO CALÇADÃO.


NO BAIRRO DO INDAIÁ

HAVIA A CHAME CHAME PADARIA,

ONDE TODOS TOMAVAM UM CAFEZINHO

PRA COMEÇAR BEM O DIA.


NO CINE MÁXIMO

MUITA GENTE SE DIVERTIA,

ASSISTINDO OS FILMES SOZINHO

OU EM BOA COMPANHIA.


NA PRAÇA CÂNDIDO MOTA

EXISTIA A ESCOLA ADALY,

ONDE ESTUDARAM ILUSTRES CIDADÃOS

QUE SE FORMARAM ALI.


NO HOTEL CENTRAL

A CLIENTELA ERA DE VENDEDOR VIAJANTE,

A DIÁRIA ERA BARATA

E O MOVIMENTO ERA CONSTANTE.


ALI NA PRAÇA CÂNDIDO MOTA

HAVIA A QUITANDA DA TEREZINHA,

ONDE SE PODIA COMPRAR

FRUTAS E VERDURAS FRESQUINHA.


NA ROSSI CALÇADOS

HAVIA SAPATOS DE TODOS OS TIPOS,

VENDIA PARA OS POBRES

E TAMBÉM PARA OS RICOS.


NA MADEIREIRA BETEL

HAVIA GRANDE MOVIMENTO,

VENDIA TODO MATERIAL

DO BÁSICO AO ACABAMENTO.


A FAMOSA PADARIA CAPRI

ERA O PONTO DE ENCONTRO DA SOCIEDADE,

PODIA-SE ENCONTRAR TOMANDO UM CAFEZINHO

O PREFEITO E ATÉ O PADRE.


NA AVENIDA ANCHIETA

HAVIA UMA PAPELARIA,

ERA DA FAMÍLIA EGUCHI

QUE ATENDIA A TODOS COM MUITA SIMPATIA.


NO DEPOSITO STELLA MARIS

HAVIA DE TUDO PARA CONSTRUÇÃO,

PARA SE CONSTRUIR UM BARRACO

E ATÉ UMA MANSÃO.


O ANTIGO HOTEL BINOCA

DA PRAÇA DIÓGENES RIBEIRO DE LIMA,

FICAVA SEMPRE LOTADO

QUANDO ESQUENTAVA O CLIMA.


PRODUTOS FEITOS COM VIME

ERA NO BAZAR MOBY DICK,

ATENDIA O SENHOR EGUCHI 

E TODA SUA EQUIPE.


NA ESQUINA DA PRESTES MAIA

FICAVA O DEPOSITO BRASIL,

OS PRODUTOS E O ATENDIMENTO

ERA SEMPRE NOTA MIL.


NO DEPOSITO KOCA

DE TUDO SE ENCONTRAVA,

PAGAVA-SE A VISTA 

OU ENTÃO PARCELAVA.


O DEPOSITO IGAPÓ

FICAVA NA MIGUEL VARLEZ,

TINHA TODO TIPO DE PRODUTO

QUE AGRADAVA O FREGUÊS.


O HOTEL SÃO JORGE

ERA CONHECIDO NA CIDADE,

POR ATENDER SEUS HÓSPEDES

COM SIMPATIA E QUALIDADE.


A CISKO SPORT LINE

ERA A LOJA SIMPATIA,

QUE COM SEUS INÚMEROS PRODUTOS

EMPOLGAVA A FREGUESIA.


TEM MUITAS OUTRAS COISAS

QUE NÃO RECORDO AGORA,

O TEMPO PASSA TÃO DEPRESSA

E A MEMÓRIA VAI EMBORA.

Autor: Wilson Kocis - Livro Recados da Vida

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sábado, 25 de fevereiro de 2023

UM PEQUENO PROBLEMA

                       


Um pequeno problema

Um homem chega tarde da noite a um hotel de beira de estrada. Ele está cansado e não vê a hora de cair na cama.
- Boa noite. Eu gostaria de um quarto para passar a noite.
- O senhor deu muita sorte! Só há um quarto disponível. Mas tem um problema: a cama não está feita.
- Isso não tem problema. Eu mesmo arrumo.
- Ótimo! Aqui tem as chaves, as tábuas, o martelo, os pregos...

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

CURIOSIDADES E PONTOS TURÍSTICOS DA HUNGRIA

 12 Curiosidades e Pontos turísticos da Hungria

Na Hungria, você encontrará incríveis parques nacionais, cavernas, castelos, catedrais, lagos e famosas águas termais. Você também verá os pontos turísticos mais interessantes, que vão além de sua incrível capital, Budapeste, e poderá explorar as maravilhosas paisagens em todos os cantos do país.

Confira agora, curiosidades e Pontos turísticos da Hungria:


1 – Terra das invenções



Este país não é apenas a origem do Cubo de Mágico, mas também parte de outras invenções muito importantes da humanidade, como a programação de computadores, motores elétricos, bombas nucleares, canetas esferográficas e até a vitamina C, que foi descoberta pelos húngaros por Albert Szent -Gyorgyi.

2- Dinheiro



Ainda que a Hungria faça mais parte da União Europeia desde 2004, o país não utiliza o euro como moeda.

moeda oficial da Hungria é o florim húngaro e a boa notícia para os viajantes é que sua cotação costuma ser mais desvalorizada que o euro, fazendo com que a viagem saia um pouco mais em conta do que alguns países vizinhos e que esteja entre os países baratos da Europa para viajar.

Para se ter uma ideia, 1 florim húngaro equivale a 0,017 reais e a 0,0029 euros.

3 –  Maior caverna da Europa















A caverna Baradla tem mais de 25 km de comprimento, e com isso é considerada a maior caverna de toda a Europa.

Ela fica localizada no norte da Hungria e faz fronteira com a Eslováquia, tornando-se parte do sistema de grutas e cavernas do Parque Nacional de Aggtelek, que é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO.

Além de Baradla, vale destacar que várias cidades da Hungria proporcionam ao menos um passeio em cavernas entre seus principais atrativos turísticos, incluindo Budapeste, que tem o maior sistema de cavernas geotérmicas do mundo.

4 –  Atravessar a rua



Durante sua viagem, tenha atenção redobrada ao atravessar a rua. Não que o risco de ser atropelado seja muito grande, mas sim multado!

Na Hungria, os pedestres que atravessam fora da faixa e do sinal verde podem ser multados. Para evitar que você corra esse risco, aproveite para utilizar as muitas passagens subterrâneas que existem em Budapeste para atravessar as largas avenidas da capital do país.

5 – Nomes regulados por lei

Nomes Húngaros Masculinos Mais Vistos
  • Gabor Variante húngara de Gabriel.
  • Andras Variante húngara de André.
  • Quotar Bravo guerreiro das planícies.
  • Bence Significa o que está vencendo", “o que vence”, “aquele que conquista”,...
  • Antal Forma húngara de antonio.
  • Colomano O bibliográfico.

Outro fato interessante entre as curiosidades da Hungria é que só é possível escolher nomes que são aprovados pelo governo, você acredita?

Ao menos a lista pré-aprovada de nomes é bastante extensa. No entanto, se você quiser escolher outro nome para seu filho, você precisará preencher um formulário para solicitar aprovação do governo.

Para diferenciá-los um pouquinho mais, é comum entre os húngaros escreverem seus nomes ou se apresentarem, usarem o sobrenome antes do nome.

6 –  Castelo de Eger



Entre os mais de 100 castelos e ruínas existentes na Hungria, o Castelo de Eger ganha destaque por sua importância histórica na forte defesa contra os otomanos em 1552.



O castelo, construído no século XIII e um dos mais antigos da Hungria, fica no alto de uma montanha e rodeado pela aldeia; dele você terá uma vista fantástica e privilegiada da cidade de Eger.

7- Um dos mais antigos da Europa

Hungria – Independência em ano 1000

Se gosta de história, saiba que a Hungria é um dos países mais antigos da Europa! O país foi fundado em 895 aC, o que é ainda mais longo que os mais famosos França, Grã-Bretanha e Alemanha do continente europeu.

A população da Hungria ascende a mais de 9 milhões. Os húngaros são conhecidos como magiares, apesar de o povo húngaro conter vários subgrupos, segundo as diferentes características linguísticas e culturais locais. Alguns desses povos são os Székelys, Csángós, Palóc e Jász.

Além disso, o país certamente faz fronteira com outros sete países: Eslováquia, Áustria, Sérvia, Ucrânia, Romênia, Croácia e Eslovênia.

8 – Basílica de São Estevão



O edifício foi dedicado a Santo Estêvão, o primeiro rei húngaro do país. A Basílica de Santo Estêvão é apenas a maior igreja da Hungria e um dos 10 edifícios mais fotografados do mundo. Muito interessante, não é?

Uma das curiosidades é que a catedral ainda guarda a múmia do rei e está exposta na sala do tesouro. Construída em estilo neoclássico e concluída em 1905 após 54 anos de construção, sua enorme e espetacular cúpula tem 96 metros de altura e está aberta aos visitantes que buscam vistas panorâmicas da cidade.

9 – Terceiro maior prédio parlamentar do mundo





O Parlamento Húngaro tem 691 cômodos, 20km de escadas e foi feito com 40kg de ouro 23 quilates.



10 –  Não bata copos de cerveja ao brindar!



Conta a lenda que, quando os húngaros fracassaram na revolução de 1848 contra os Habsburgos, os austríacos celebraram a execução de 13 generais húngaros brindando e batendo um copo de cerveja após cada morte. Por isso, dizem que os húngaros prometeram não mais brindarem batendo copos de vidro e, ainda hoje, é um hábito que procuram evitar

11- Metrô de Budapeste



A coroação de Arpad, o primeiro governante do povo húngaro, ocorreu em 896, e naquele ano marcou a fundação da Hungria. Por ocasião do milésimo aniversário do país, o Metrô de Budapeste foi construído em 1896, sendo o metrô mais antigo do continente europeu. Além disso, a lei proíbe edifícios na capital de mais de 96 pés de altura. O hino nacional húngaro deve ser cantado em 96 segundos. Portanto, você pode ver que 96 é um número importante neste país.

12 – Banhos Termais Hungria




Ao visitar Budapeste, não deixe de conhecer uma ou algumas famosas casas de banho da cidade, considerada a capital mundial das águas termais. Uma excelente opção para relaxar o corpo depois de muita caminhada. Ao todo, existem pelo menos 120 fontes de águas termais em Budapeste e, segundo informações, a tradição é antiga, ainda da época dos romanos.

Além dessas curiosidades, a Hungria é um país super bonito e barato de se visitar. Budapeste, sua capital, é uma cidade incrível, cheia de história, com uma arquitetura surpreendente, uma rica culinária e preços super acessíveis. 

E você, quais destas curiosidades da Hungria achou mais interessante?

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sábado, 27 de agosto de 2022

CEVICHE PERUANO

 



Ceviche Peruano


Aprenda como fazer um ceviche delicioso

A internet e até mesmo o grande sucesso dos programas de culinária apresentados na TV têm trazido para dentro das nossas casas novas culturas e pratos típicos de diversas regiões do mundo, o que aumenta o nosso leque de opções culinárias.

Uma dessas ideias que vale a pena anotar no caderno de receitas e experimentar é como fazer ceviche. Um prato tipicamente peruano que tem como base a tilápia fresca marinada em limões, cebola e pimenta — ou em que seu gosto e imaginação mandarem.

Curioso para saber mais sobre essa iguaria? Ansioso para provar? Então continue a leitura e confira todas as nossas dicas.

Primeiro, um pouco de história

É muito mais gostoso saborear um prato quando conhecemos as suas origens, não é verdade? De quebra, ainda podemos “dar uma aula” ao oferecer o alimento para os amigos ou familiares, contando a história da receita e do seu povo.

Por isso, antes de fazer o seu ceviche, saiba que a primeira versão desse prato está registrada como originária de 2.000 a.C., surgida no litoral norte do Peru. Ainda há quem acredite que a receita é japonesa, mas não se engane. Os peruanos são os grandes responsáveis por essa delícia!

No início, eles preparavam a marinada com um fruto parecido com o maracujá, e, no decorrer do tempo, outros ingredientes foram sendo acrescentados: primeiro a pimenta; e com a chegada dos espanhóis no século XVI, o limão tornou-se o responsável pela acidez do prato.

Ceviche, Patrimônio Cultural do Peru

Isso mesmo! O Ceviche foi nomeado Patrimônio Cultural do país e tem até mesmo um dia comemorativo só para ele: 28 de junho.

Se você ainda duvida da importância desse prato, saiba que no Peru existem diversas cevicherias – restaurantes que trabalham com os ceviches, exclusivamente.

Como fazer ceviche, receita clássica

Agora chega de história que já estamos com água na boca! Você vai ver como o ceviche é fácil e rápido de preparar, além de ser muito saudável e perfeito para os dias quentes.

Experimente como aperitivo ou, de uma forma mais sofisticada, como um delicioso acompanhamento:

Ingredientes

  • 1 kg de filé de tilápia;
  • 10 limões;
  • 3 cebolas roxas fatiadas;
  • 2 pimentas dedo-de-moça fatiadas;
  • 1 colher (sopa) de sal.

Modo de preparo

  1. Corte a tilápia em cubos médios e uniformes, para que fiquem com a mesma textura: saborosos e gelados por igual. Separe esse peixe fatiado em uma travessa. Uma dica: deixe por baixo desse recipiente com os peixes um outro recipiente com gelo para manter a temperatura da carne baixa enquanto você prepara o restante da receita. Assim, a textura do peixe não será alterada.
  2. Em outro recipiente, misture a cebola cortada em tiras finas (corte Julienne), a pimenta, o sal e, por último, o suco de limão. Misture bem com uma colher.
  3. Em seguida, despeje esse líquido na tilápia já fatiada e misture um pouco, para que todo o peixe entre em contato com a marinada.
  4. Deixe na geladeira por cerca de 30 minutos.
  5. Sirva em seguida, geladinho e em um belo prato.

Agora que você já conferiu a receita do ceviche tradicional, pode estar se perguntando: mas o peixe é cru? Exatamente! E não há nenhum problema para a sua saúde, pois ao ser colocado em contato com a marinada, o peixe é curado (ou cozido) nessa solução cítrica e ácida.

Ao entrar em contato com o suco do limão, acontece um processo químico onde a proteína do peixe se desnatura, mudando a textura da carne e aumenta o seu sabor.

Outros ingredientes

Como todas as receitas, há algumas controvérsias e várias opções de acréscimos de ingredientes. Há quem prefira, por exemplo, outros peixes brancos em vez da tilápia:

  • o linguado;
  • o robalo;
  • o badejo;
  • o namorado.

E cozinheiros que acrescentem outros temperos, que variam entre:

  • o coentro;
  • o gengibre;
  • o milho;
  • o azeite.

Ceviche com frutos do mar

Outra deliciosa variação desse prato peruano é com frutos do mar acrescentados na receita original.

Experimente adicionar polvo, camarões ou mariscos à mistura na marinada e surpreenda-se com os sabores que combinam perfeitamente entre si.

Outros peixes também são bem-vindos

Existem, ainda, receitas mais ousadas que substituem o peixe branco por ingredientes como atum, lagosta, lula e utilizam os ingredientes que citamos acima (como o polvo e o camarão) como a proteína principal do prato.

Quem manda nessa mistura é a sua imaginação e o seu gosto.

Tubérculos acompanham muito bem

Para acompanhar o seu leve e delicioso ceviche, aposte nos tubérculos como a batata-doce ou a mandioca.

Cozidas, cortadas em rodelas e dispostas ao lado do seu ceviche, elas completam o sabor e trazem mais saciedade àqueles que acham que apenas o peixe não vai dar conta.

Frutas deixam tudo mais refrescante

Para trazer ainda mais refrescância ao seu ceviche, algumas frutas tropicais são bastante indicadas, pois completam o sabor dos peixes e frutos do mar. Comece com as mais clássicas para não ter erro:

  • caju;
  • coco (que pode ser servido na própria casca do coco seco, trazendo um charme extra);
  • manga. 

Para completar, um bom vinho branco

Pronto! O seu ceviche está geladinho e os amigos já estão chegando para apreciar a nova iguaria que você aprendeu a fazer. É hora de deixar tudo perfeito, harmonizando o prato com um vinho branco de qualidade.

Afinal, os vinhos brancos de boa acidez são excelentes para serem servidos com peixes, pois valorizam ainda mais o sabor dessa proteína e enriquecem a degustação.

Agora que você já é praticamente um especialista em como fazer ceviche com os mais variados ingredientes, que tal por a mão na massa?

Bom Apetite!

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quarta-feira, 29 de junho de 2022

quarta-feira, 22 de junho de 2022

CURIOSIDADES SOBRE O BRASIL

 


Muitos estudos e pesquisas feitas recentemente mostraram que o no Brasil há as pessoas que mais tomam banho. São em média 14 chuveiradas ao longo da semana, ou seja, duas por dia.

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São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as principais cidades do Brasil e também da América do Sul. Mas você já parou para pensar que há o dobro de paulista em relação aos cariocas? (aproximadamente 12 milhões/6 milhões).

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Você sabia que o país já teve quase 40 presidentes. Foram 38 no total, sendo o último Jair Bolsonaro e o primeiro O marechal Manuel Deodoro da Fonseca.

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Outra curiosidade sobre o nosso país é que atualmente o Brasil possui a maior população japonesa fora do Japão do mundo. São pelo menos 1,5 milhão de pessoas.

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 A cidade do Rio de Janeiro já foi a capital de Portugal, pais europeu que está bem distante daqui. Isso aconteceu no período colonial, no ano de 1763.

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Quem é mais novo talvez não saiba dessa, mas o estado do Tocantins não existia há algumas décadas, sendo parte territorial do estado de Goiás.

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                              Tocantins é o mais novo Estado do Brasil

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Um dos produtos nacionais de maior destaque pelo mundo é o café, já que somos o maior produtor no mundo. Para muitos, tomar um ou dois cafezinhos já faz parte do dia a dia da pessoa.

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Um fato pra lá de curioso é que o Brasil e é o único país do mundo em que o etanol é oferecido em todos os postos de gasolina.

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Você sabe o significado da palavra Brasil? Bem, a palavra significa “vermelho como brasa”, assim como a sua origem vem da árvore Pau Brasil, que é avermelhada.

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O Brasil é o quinto maior pais do mundo. Isso não é novidade para muita gente, porém comparando os tamanhos, o nosso país é 206 vezes maior do que a Suíça!

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segunda-feira, 13 de junho de 2022

CURIOSIDADES DO MUNDO SOBRE A VIDA

 



  1. Nos Estados Unidos, aliás, existem mais casas sem ninguém morando do que moradores de rua.
  2. Estados Unidos, Birmânia e Libéria são os únicos países no mundo que não usam o sistema métrico para medição padrão;
  3. Um australiano já tentou vender a Nova Zelândia - sim o país - no eBay. Ele colocou preço a 3 mil dólares. Mas a venda não foi bem sucedida. Assim que os administradores do site descobriram do que se tratava, cancelaram a oferta;
  4. Em Nova York é proibido vender uma casa mal assombrada sem avisar aos novos moradores;
  5. No Japão existe um sabor com sabor de enguia. Será que é bom?
  6. Mais de 1.000.000 de euros são jogados na ‘Fontana de Trevi’, na Itália; E essa também é uma das curiosidades do mundo: a prefeitura de Roma recolhe as moedas e doa para a caridade. Legal, né?
  7. A maioria dos banheiros em Hong Kong utilizam água do mar. Isso é feito para conservar a pouca quantidade de água doce que tem disponível;
  8. Uma atração um tanto quanto diferente em Las Vegas: você pode dirigir uma escavadora dentro de uma caixa de areia gigante. A atração faz parte de um parque temático da cidade;
  9. No Japão, em alguns locais de águas termais é proibida a entrada de pessoas com tatuagem;
  10. Até 2011, a cerveja não era considerada uma bebida alcoólica na Rússia, Ela era classificada como um refresco;


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sábado, 4 de junho de 2022

CIDADES MAIS QUENTES DO MUNDO


                                                al ‘aziziyah (líbia)

 Azizia (em árabe: العزيزية‎; romaniz.: al-ʿAzīziyyahal-ʻAzīzīyahal-ʿazīzīya) ou el-Azizia é uma pequena cidade e capital do distrito de Jafara, no noroeste da Líbia, a 41 quilômetros a sudoeste de Trípoli. De 1918-1922, foi a capital da República da Tripolitânia. Entre 1983 e 1987, foi capital do distrito homônimo.

Em 15 de setembro de 1922, foi registrado uma incomum temperatura de 58 °C (135,9 °F), que por muito tempo foi encarada como a mais alta leitura térmica do globo. O erro foi reconhecido em 2012 pela Organização Mundial de Meteorologia, depois de uma equipe internacional de cientistas ter apontado cinco defeitos nos registos líbios. Dessa maneira, o recorde foi passado à pousada estadunidense Rancho Terra Verde (Greenland) no Vale da Morte, na Califórnia, onde foi registada a temperatura de 56,7°C em 10 de julho de 1913, mas este valor também é apontado como errado.

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                                                            Dallol (Etiópia)

Mais quente que as cavernas que escondem os cristais gigantes de Naica. Mais irrespirável que os gêiseres de Yellowstone ou de Tatio. Mas neste deserto salgado 120 metros abaixo do nível do mar, a Terra usou a melhor de suas paletas para criar uma inimitável paisagem de formas minerais. É o inferno de Dallol, na Etiópia.

Na superfície do continente africano, a geologia desenha um enorme Y. Isso porque a crosta oceânica emerge à superfície abrindo falhas titânicas que se alargam a velocidades imperceptíveis e que, quando alagadas, se transformam em mares. Duas dessas falhas começaram a se formar há 30 milhões de anos e hoje são o mar Vermelho e o golfo de Áden. A terceira, o pé do Y, começou um pouco antes, mas talvez não siga adiante. Mesmo assim, já deixou uma imensa marca que sobe desde a Tanzânia através do Quênia e da Etiópia. É o chamado Vale do Rift. No ponto de união dessas três falhas se encontra um deserto de sal, a chamada depressão de Danakil, uma área de mais de 100 quilômetros quadrados que, à primeira vista, parece um interminável tapete de sal, mas que esconde fascinantes fenômenos minerais e – quem sabe – também as respostas a perguntas cruciais sobre a natureza da vida.

Na realidade, o Danakil não está coberto por um tapete, mas por um manto de sal de dois quilômetros de espessura depositado durante as sucessivas ocasiões em que o mar Vermelho invadiu essa depressão nos últimos 200.000 anos. Sob essa camada salina existe um magma quente que tenta alcançar a superfície. A jazida de sal, elástica e impermeável, resiste às investidas magmáticas, mas acabou por se romper, deixando sair os líquidos, vapores e gases presos em seu interior. A colina criada pelo impulso do magma e moldada pela mineralização é conhecida como Dallol, um lugar que os afar, os habitantes da região, acreditam ser o lar de um espírito maligno.

A subida ao Dallol é feita por uma encosta cor de chocolate. Ao amanhecer, a temperatura já supera os 30 graus. A paisagem é árida. Não há rastro de vida. O ambiente que se respira é inquietante, pelo aroma de enxofre e pela presença dos soldados etíopes que nos escoltam nesta insegura fronteira com a Eritreia.

O Dallol é um campo hidrotermal sem igual. Por todo lado há fontes termais de onde jorra água fervente. Essa água é na verdade uma salmoura supersaturada. Quando brota, todo esse sal excedente se cristaliza formando pilares que inicialmente são de um branco brilhante e puro. A acidez das águas é brutal, quase 500 vezes maior que a do limão. Depois do sal, quando a temperatura da água baixa algumas dezenas de graus, o enxofre se condensa pintando de amarelo fluorescente os pilares inativos. As águas ácidas empoçam graças a represas construídas pela cristalização do próprio sal. O ferro, em contato com o oxigênio da atmosfera, oxida-se reduzindo o pH até o valor mais baixo já encontrado em meio natural, quase 10.000 vezes mais ácido que o limão. As sucessivas mineralizações causadas pela oxidação tingem as águas de cores vibrantes, do verde lima ao verde jade, do laranja ao vermelho, os ocres e chocolates. Você anda sobre uma crosta de sal que sabe que é oca e quebradiça. Percebe que debaixo dos pés há algo que ameaça sair à superfície. O borbulhar intimidador que se ouve e se sente sob o chão ardente por onde escapam gases e vapores faz medir cada passo. Esse vapor de água salgada constrói estruturas de fina crosta que parecem ovos de sal. Quando as fontes termais brotam sob a água empoçada, a salmoura se cristaliza formando uma tubulação pela qual chega até a superfície. Ali precipita uma crosta circular em volta do escoadouro criando belas estruturas em forma de cogumelo que parecem nenúfares flutuando sobre águas multicoloridas.

Se a tudo isso quiserem chamar de arte, ressaltemos que se trata de arte efêmera. Tudo é fugaz no Dallol, como cabe à extraordinária geodinâmica da região. Tudo é cambiante. As áreas que ontem estavam tranquilas hoje apresentam uma atividade inquietante. As fumarolas que ontem fumegavam a oeste hoje o fazem a leste. As flores de sal que reluziam brancas hoje estão amarelas e, depois de amanhã, vermelhas. E desaparecerão para germinar em outros lugares. A poucos quilômetros daqui apareceu um incipiente campo de fumarolas e fontes termais. Foi ao lado de uma lagoa chamada “negra” cheia de uma solução saturada de sal de magnésio. Levamos toda uma tarde para colher amostras da lagoa, porque cair nela seria morte certa. A água está a 70 graus centígrados e sua concentração é tão alta que tem uma consistência de gel, do qual deve ser impossível sair. Alguns quilômetros a sudeste formou-se outra lagoa, chamada “amarela”, mortalmente bela, decorada com nenúfares de sal e cercada de cadáveres de aves iludidas pelo demônio do Dallol que exalam um odor repugnante.

Os militares que nos escoltam receberam a ordem de abandonar acampamento. A fronteira está cheia de bandidos à espreita e o cânion de sal que nos fornece a irrisória, mas única sombra existente nos arredores é um lugar difícil de defender pelos jovens soldados que nos guardam. Descemos às pressas do Dallol para recolher os laboratórios e nossos pertences. Um caminhão militar transfere o acampamento a um lugar aberto, com visibilidade de 360 graus, de onde vemos até as tranquilizadoras luzes do povoado de Ahmed Ela. Aqui, toda manhã despertamos contemplando a passagem das caravanas de camelos que os cristãos tigray conduzem para o salar, onde os afar – muçulmanos – cortam os blocos de sal que carregarão de volta até Berhale. Cada manhã é idêntica para eles há séculos. É sua fonte de riqueza. Um trabalho duríssimo, anacrônico, que realizam com ferramentas ancestrais sem o mínimo amparo do sol e do sal. Um despropósito que hoje só se justifica pela beleza e pela natureza épica. Vendo-os passar você tem a certeza de que o mineral não é a única coisa instável no Dallol. O passado dessa gente dura, elegante e orgulhosa dependeu de sua habilidade de extrair a riqueza desse sal que carregam, mas seu futuro está sujeito a sua capacidade de controlar a extração de outros sais, de outros metais que puseram este deserto na mira de grandes mineradoras.

Além da beleza, que por si só justifica o estudo e a conservação desse museu mineral, o Dallol é importante por duas razões. A primeira é saber até que ponto esse inferno está deserto ou se, pelo contrário, foi colonizado por uma vida microbiana que a cada dia se revela mais universal. Buscar sinais dessa existência em condições extremas de acidez, salinidade e temperatura é a principal tarefa de Purificación López-García e de sua equipe de microbiólogos do Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS), da França, e da Universidade de Paris Sul. Determinar os limites físico-químicos da vida na Terra nos permitiria ampliar o tipo de ambientes onde se poderia procurar vida em outros planetas e nos ajudaria a conhecer melhor os primeiros estágios da vida na Terra, quando sua superfície deve ter sido menos hospitaleira que agora. Por outro lado, suspeita-se que nesses ambientes químicos extremos existam estruturas minerais autoorganizadas que podem ter desempenhado um papel crucial na Terra primitiva, quando a vida ainda não havia aparecido sobre um planeta que estava brincando de criar as moléculas orgânicas que a tornariam possível. Essa busca, dos lagos extremamente alcalinos nas terras dos massais do Quênia até estes lagos ultra-ácidos do território afar, é a tarefa de minha equipe de cristalógrafos e geólogos do Conselho Superior de Pesquisações Científicas (CSIC). Trabalhamos em conjunto, entre Paris e Granada, ao amparo dos projetos do European Research Council, com a esperança de que esta terra de Lucy, a australopiteco que iluminou a origem do homem, também revele segredos sobre a origem da vida.

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                                                        Wadi Halfa (Sudão)


Para quem chega do Egipto como eu, Wadi Halfa é uma cidade perfeita para “tratar” de assuntos logísticos da viagem, mas também para aproveitar e começar a mergulhar na cultura sudanesa. Em última instância é também o ideal para quem chega cansado após a longa viagem Egipto-Sudão.

Perceber os ritmos, perceber a comida, os transportes, os preços, enfim tudo o que nos irá pautar no resto dos dias -com as devidas pequenas diferenças regionais– pelo país fora.

QUAIS SÃO OS ASSUNTOS LOGÍSTICOS A TRATAR ?

– Comprar SIM CARD: É essencial no Sudão. A rede wireless é muito escassa, há três operadoras de telefone/internet móvel no país, Sudantel, MTN e Zain.

Não consegui perceber qual funciona melhor, as opiniões dividem-se. Eu comprei Zain. Na rede de telefone foi impecável, já a de internet era sempre fraquinha só dava mesmo para “googlar” e ver os e-mails. Postar publicações nas redes sociais era difícil.

Quanto ao preço, é muito barato. O cartão propriamente dito custou 20SDG o plano de internet/telefone custou 30SDG e depois ia carregando. Tudo somado 50SDG, são mesnos de 2€.

– Fazer o registo na polícia: É obrigatório e tem no máximo 4 dias para o fazer. Quem chega pela capital penso que o poderá fazer logo no aeroporto e ser-lhe-ão dadas as respectivas indicações. Supostamente serve para a polícia não lhe perder o rasto, mas se você disser que vai para A e for para B, ou mudar de planos a meio não me parece que eles saibam onde anda.

Quem chega como eu, o melhor é tratar disso logo em Wadi Halfa, ou de outra forma, teria de em 4 dias estar em Khartoum. Não faria sentido e estragava-me o circuito.

Wadi Halfa é uma cidade relativamente pequena. Basta perguntar onde é o posto de polícia e dizer que pretende registar-se. Aguarda 1h horita e eles tratam de si. Tem um custo de 532SDG, são cerca de 15€, mas é preço fixo, não dá para negociar 😉

 Dormir a primeira noite no Sudão: É quase sempre uma aventura, uma experiência. O Sudão não está preparado para receber turistas ou viajantes de fora. Não há que esconder, os hotéis para os locais são baratinhos podem ficar entre 50 a 80SDG por pessoa, isto é, entre 2€/3€. Acontece que as condições não são muito boas. Leve o seu saco-cama ou um lençol de casa, nestes alojamentos nunca mudam a roupa da cama.

Em Wadi Halfa poderia ter ficado num local melhor mas achei o preço algo puxado (400SDG) para o que oferecia e para o contexto, então decidi ficar no CANGAN HOTEL por uns meros 70SDG… com direito a ventoinha.

Comer no Sudão: Emagreci no Sudão. Pois é.  Não varia muito, o Sudão é um país pobre, sabemos isso. Mas não tinha noção por exemplo que para eles o arroz e as batatas poderia ser algo como um luxo. De manhã começava pelo “Falaffel”, que se encontra por todo o lado, mas só a partir do meio da manhã.

Ao almoço ficava-me pela fruta que o calor não me deixava apetite para mais. Nesta época por exemplo, a fruta que encontrava eram sobretudo bananas e guava. Nas maiores cidades via também melancias e laranjas, mas não muito mais que isso. O prato principal e rei no Sudão é o “Full” e consiste em feijão estufado, regado com óleo de amendoim, pão e por vezes podem colocar queijo por cima.  É bom, mas ao fim de 1 semana a comer todos os dias confesso que já não era com grande vontade que degustava o prato nacional do Sudão.

Uma sandes de Falaffel custa 5SDG, menos de 0,40€. Um prato de full fica em 15SDG, cerca de 0,50€.

Depois, nas maiores cidades como Khartoum encontra já outro tipo de restaurantes como pizzerias por exemplo, normalmente geridas por refugiados sírios. Em Kassala, perto da fronteira com a Eritreia havia bastante frango assado acompanhado com arroz.

Transportes no Sudão: Há mini-bus por todo o lado que ligam sobretudo as pequenas cidades. Partem só quando estão cheios e saem sempre o mais cedo possível na manhã. O custo do bilhete para os locais por norma confere com o que lhe irão pedir, ainda assim, antes de o comprar questione primeiro a um passageiro quanto deve pagar. Prepare-se para ouvir música sudanesa do início ao fim da viagem.

Os autocarros ligam as principais cidades e os trajectos mais longos, são confortáveis e também só partem quando estão praticamente cheios.

A boleia é uma excelente opção no Sudão, não fora os problemas de escassez de combustível no país à data da minha viagem e teria optado pela boleia mais vezes. Fiz de Abri até ao Templo de Solebida e volta e foi uma experiência fantástica.

Segurança no Sudão: O Sudão no geral é um país muito seguro. Sim, há regiões com problemas como o Darfour ou a fronteira com a Eritreia, ou o Sudão do sul, mas pense no seguinte, estar nesta parte do Sudão fica quase tão longe destes problemas localizados como de Lisboa de Moscovo.

– Trocar dinheiro: Último tópico, mas não menos importante. É muito fácil. Troque na rua, SEMPRE no mercado negro, pode parecer estranho dizer isto mas no Sudão compensa bastante e não irá ter problema nenhum com isso.

Em Wadi Halfa consegue bons câmbios, mas eu até arrisco a dizer que se as coisas não mudarem muito no Sudão consegue bons câmbios em todo o lado, há escassez de dólares e estão a pagar bem. 1 DÓLAR dava-me cerca de 35SDG (libras sudanesas). Nos bancos pagar-lhe-ão pouco mais de 20SDG.

Depois, como em todo o lado no Sudão, as pessoas ficam no coração. Aqui, com um amigo (apesar de ser egípcio) ofereceu-me arroz-doce no meu pequeno-almoço de despedida de Wadi halfa.

Viajar no Sudão não é nenhum “bicho de sete cabeças” mas já exige alguma “endurance” por parte do viajante, principalmente se o fizer de forma independente.

Por tudo isto e pela dimensão da cidade penso que é uma porta de entrada mais “suave” e “doce” do que se entrasse pela grande Khartoum por exemplo.

Foi também daqui parti para Abrivisitei as aldeias núbias e o Templo de Soleb sempre com o Nilo como companhia.

Obs: Informações retiradas do Blog 100 Rotas Viagens que ficam.

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                                                             Deserto Lut (Irã)

Uma expedição de cientistas foi ao lugar mais quente do planeta, o deserto de Lut, no Irã, investigar como é possível existir vida animal ali, mas não vegetação. Na área, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, as temperaturas chegam a até 70°C.

Em persa, a região é chamada Dasht-e-Loot, o que significa algo como "deserto do vazio". Mas apesar desse nome, foram descobertos ali água, insetos, répteis e raposas do deserto.

"Há espécies de animais que não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta", explica à BBC Amir AghaKouchak, professor de Hidrologia da Universidade da Califórnia em Irvine e um dos cientistas a participar da expedição.

No entanto, curiosamente não há registro de vegetação em nenhum ponto dos 52 mil quilômetros quadrados de deserto, localizado no sudeste do país, próximo às fronteiras do Paquistão e Afeganistão.

E o que cientistas querem entender é exatamente como existe uma cadeia alimentar numa região tão árida e sem plantas.

"Nossa maior pergunta é como um ambiente tão inóspito pode manter vida, especialmente se não há vida vegetal. Como as raposas do deserto podem sobreviver nesse ambiente tão hostil? E de onde vem a água", explica o professor sobre a expedição.

Pássaros como alimento

AghaKouchak viajou ao coração do deserto de Lut com um grupo de pesquisadores de diferentes áreas que trabalham nos Estados Unidos, Irã e países europeus.

Uma das hipóteses dos cientistas é que pássaros que morrem na área são parte importante da cadeia alimentar.

"Frequentemente avistamos pássaros mortos no deserto. A maioria são aves migratórias que provavelmente se perderam durante seu trajeto e terminaram chegando a Lut."

Para comprovar ou descartar a teoria, os pesquisadores coletaram amostras das aves mortas durante a expedição.

70°C?

Imagens de satélite mostraram o recorde de 70,7ºC em 2005. Temperatura que, segundo o pesquisador, não foi um caso isolado - outras observações registraram números semelhantes.

AghaKouchak explica ainda que a geografia da região é o que provoca temperaturas tão altas - algumas áreas são compostas de rochas vulcânicas, que absorvem calor, e outras, de dunas e vento forte.

"A combinação dessas circunstâncias, de superfície muito quente e muito vento, é o que provoca o calor extremo. É como ter um secador de cabelo funcionando o tempo todo", compara o cientista.

Apesar de a região parecer pouco atraente, o pesquisador a descreve como um deserto de "dunas elegantes" que ganham "padrões incríveis" criados pelo vento. E que é repleto de "kaluts", formações de rocha criadas pela erosão do vento.

'Mar escondido'

Imagens de satélite também mostraram padrões de umidade no terreno.

Inicialmente, os pesquisadores não acreditaram nas informações transmitidas - pensaram que as rochas da região estavam enviando sinais distorcidos.

"Mas quando chegamos ao lugar onde as imagens mostravam umidade, nossos veículos ficaram presos em vários centímetros de lodo", contou o pesquisador.

"Essa foi a confirmação de que existia de fato água ali. E não se trata de um lugar pequeno. Acreditamos que se trata de uma área grande, a qual decidimos chamar de 'o mar escondido de Lut'. Porque a água é salgada", acrescenta.

O pesquisador sugere que a umidade surge das distantes montanhas que rodeiam a zona plana - as águas das ocasionais chuvas da primavera e do início do outono seriam drenadas até ali.

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                  Tirat Zvi


Tirat Zvi ( hebraico : טִירַת צְבִי , literalmente Castelo Zvi ) é um kibutz religioso no vale de Beit She'an , dez quilômetros ao sul da cidade de Beit She'an , em Israel , logo a oeste do rio Jordão e de Israel. Fronteira com a Jordânia . Está sob a jurisdição do Conselho Regional de Valley of Springs . Em 2019, tinha uma população de 901. [1]

Nome

Tirat Zvi significa Forte de Zvi. Foi nomeado após Rabino Zvi Hirsch Kalischer (1795-1874), um dos pais do Movimento Sionista e um líder de Hovevei Zion , enquanto o tira ou "forte" se refere a uma estrutura de tijolos de barro de dois andares comprada dos árabes proprietário de terras, Musa al-Alami . [2]



História





O kibutz foi fundado em 30 de junho de 1937 como parte da empresa de assentamento Tower and Stockade . Os fundadores eram judeus da Alemanha , Polônia e Romênia [2] e vieram de três grupos: Kvutzat Rodges  [ de ] perto de Petah Tikva , Kvutzat Shahal perto de Rehovot e Kfar Yavetz . [2] O grupo Rodges foi nomeado após a aldeia alemã onde o centro religioso sionista Hakhshara (fazenda agrícola preparando os jovens para a aliá , ou reassentamento no Mandato Palestina ) estava localizado, através da qual muitos dos fundadores da Tirat Zvi passaram. Kvutzat Shahal foi nomeado após o fundador do movimento Mizrachi , Shmuel Chaim Landau (1892–1928), conhecido por seu acrônimo hebraico "ShaChaL", ou "leão".

O kibutz foi atacado em 28 de fevereiro de 1938 por uma multidão árabe armada durante a revolta árabe . O ataque foi repelido com muitas baixas de ambos os lados. [2] Em 20 de fevereiro de 1948, antes que as nações árabes vizinhas entrassem oficialmente na Guerra Árabe-Israelense de 1948 , um batalhão do Exército de Libertação Árabe liderado por Muhammed Safa atacou Tirat Zvi. Os árabes foram repelidos depois que 60 dos agressores foram mortos. Um membro do kibutz, Naftali Friedlander, foi morto no conflito. citação necessária ]

O assentamento de Tirat Zvi foi estabelecido nas terras das aldeias despovoadas de al-Khunayzir e al-Zarra'a. [3]



  • Clima

    Tirat Zvi fica a 220 metros abaixo do nível do mar . Em 21 de junho de 1942, registrou a temperatura diurna mais alta na Ásia (54 ° C; 129,2 ° F), [4] embora a validade desta medição tenha sido questionada, e com base nos dados do termógrafo publicado , parece ter estado em algum lugar entre 52,0 a 54,4 ° C. [5]
  • Economia

    O kibutz opera uma fábrica de processamento de carne , a Tiv , que vende seus produtos localmente e no exterior. Tirat Zvi é o maior produtor de tamareiras de Israel, com 18.000 árvores. [6] O kibutz também tem um negócio lulav . Trabalhando com cientistas do Instituto Volcani , Tirat Zvi desenvolveu um método de preservação das folhas das palmeiras por vários meses, permitindo que fossem colhidas na primavera e vendidas no outono, para uso no feriado de Sucot . Em 2009, produziu 70.000 lulavs.

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                                            Timbuktu (Mali)

  • A cidade de Timbuktu está localizada no oeste africano, no Mali, a cerca de 20 km do rio Níger. Embora hoje Timbuktu não mostre a beleza que tinha em sua época áurea, essa cidade já chegou a ser uma das mais ricas do mundo. Timbuktu, em 1988, foi tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

    No século XIV, os três lugares mais ricos do mundo eram Irã/Iraque, China e o Império Mali. Desses três, somente o Império Mali era independente. Nesse mesmo período, a cidade de Timbuktu tinha a população de 115 mil habitantes, o que é 5 vezes mais do que a de Londres medieval.

  • O homem mais rico do mundo, Mansa Musa, foi o imperador do império Mali, que no século XIV cobria o Mali, Senegal, Guiné e Gâmbia. Quando morreu, Musa valia o equivalente a 400 bilhões de dólares, valor esse que nunca foi superado na história da humanidade. Nessa época o império Mali produzia mais da metade do abastecimento mundial de ouro e sal.

    Quando Musa foi em peregrinação a Meca, em 1324, ele levou tanto ouro que o valor daquele metal caiu por 10 anos na região. 60 mil pessoas o acompanharam nessa peregrinação.

    Durante o reinado de Musa, a famosa biblioteca de Timbuktu foi fundada e os manuscritos que tratavam de todas as áreas do conhecimento foram escritos. De acordo com o professor Henry Louis Gates, haviam cerca de 25 mil estudantes universitários na cidade.

    A universidade corânica de Sankoré foi, possivelmente, a primeira universidade do mundo, e pesquisadores acreditam que ela foi fundada no século XII. Djinguereber , Sidi Yahya e Sankore eram os três principais centros de aprendizagens e escritos medievais revelam a exploração européia no local

    A universidade era composta por outras escolas ou faculdades independentes e cada uma contava com seu próprio mestre. Os estudantes seguiam um único professor e as aulas eram dadas em pátios abertos dentro das instalações da universidade ou em residências privadas. A venda e compra de livros chegou a ser um mercado ainda mais lucrativo do que o comércio de ouro local.

    A universidade de Sankoré se organizava diferente das universidades europeias, nela não existiam administração central, registro de estudantes ou cursos prescritos para os estudos.

    Ainda hoje, a universidade corânica de Sankoré, onde na época áurea do Império Mali passaram cerca de 50 mil sábios muçulmanos, funciona e conta com cerca de 15 mil universitários.

    Em Timbuktu ainda existem cerca de 700.000 livros que sobreviveram aos ataques e ao tempo. Os escritos incluem medicina, matemática, direito, astronomia e poesia. Esta foi a primeira enciclopédia do mundo, existindo ainda no século XIV. Os europeus só teriam a mesma ideia 4 séculos depois, no século XVIII.

    Michael Palin, na sua série de TV Sahara, disse que o Imam de Timbuktu:

    Tem uma coleção de textos científicos que mostra claramente os planetas circulando em torno do Sol. Datam de centenas de anos . . . É prova convincente que os acadêmicos de Timbuktu sabiam mais que seus colegas europeus. No século 15 em Timbuktu os matemáticos conheciam a rotação dos planetas, detalhes do eclipse, coisas que tivemos de esperar 150 quase 200 anos para conhecer na Europa quando Galileu e Copérnico fizeram os mesmos cálculos e pagaram por isso.
    A velha capital do Mali, capital de Niani possui um edifício do século 14 chamado Salão de Audiências. Sobreposto por uma cúpula e adornado de arabescos vivamente coloridos. As janelas do andar superior eram talhadas de madeira e emolduradas em prata; as do andar inferior eram talhadas de madeira e emolduradas em ouro.
    Marinheiros do Mali chegaram às Américas em 1311, 181 anos antes de Colombo. O pesquisador egípcio Ibn Fadl Al-Umari, publicou o feito em cerca de 1342. No capitulo décimo do seu livro, existe um relato de duas grandes viagens marítimas ordenadas pelo predecessor de Mansa Musa, um rei que herdou o trono do Mali em 1312. Este rei marinheiro não é nomeado por Al-Umari, mas autores da atualidade identificam-no como Mansa Abubakari II.

    Timbuktu é tida como uma “cidade estranha” por causa de seu ar misterioso. A cidade contém armadilhas, como machados gigantes. Mas também contém tecnologias de ponta do Mali, como imensas portas que, com o calor humano, se abrem.

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  •                                                  Kebilli (Tunísia)

  • Kebili (em árabeقبلي‎romaniz.: Qibillī) é uma cidade do sul da Tunísia e a capital da província (gouvernorathomónima, além de sede das delegação (espécie de distrito ou grande município) de Kebili Norte e Kebili Sul. Em 2014, o município tinha 28 081 habitantes.[1]

    Geografia

    Situa-se à beira de um oásis do deserto do Saara, entre o Chott el Jerid (a noroeste) e o Chott el Fejaj (a nordeste), o território a norte constitui aquilo a que se poderia chamar uma península se os chotts fossem verdadeiramente lagos, já que é uma faixa de terra que separa os dois chotts que estão ligados por uma faixa estreita no sentido este-oeste. A cidade encontra-se 95 km a sudeste de Tozeur, 30 km a norte de Douz, 120 km a oeste de Gabès, 110 km a sul de Gafsa e 470 km a sul de Tunes (distâncias por estrada).

    É a capital da região histórica de Nefzaoua (نفزاوة), que corresponde grosso modo à província de Kebili e é limitada pelo Chott el Jerid a oeste, o Grande Erg Oriental a sul e o planalto do Dahar a leste. O palmeiral do oásis, com cerca de 100 000 tamareiras, é o mais importante de Nefzaoua.

    Economia

    Além de ser um centro administrativo regional, a economia local está ligada principalmente na produção e comercialização de tâmaras. A proximidade do Grande Erg Oriental faz da cidade um ponto de paragem de alguns circuitos turísticos do sul da Tunísia.

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  •                              Ghadamès, Líbia

  • Ghadamès é uma cidade-oásis que pertence à Líbia, na confluência das fronteiras com a Argélia e a Tunísia. Neste momento é o exemplo perfeito dos lugares fantásticos fora do alcance dos visitantes, por causa de guerras e instabilidades políticas que nos ameaçam a todos – sobretudo quem lá vive.
  • Como a minha vida é um rosário de viagens, acontece-me de vez em quando “perder” lugares por causa de guerras, distúrbios locais ou cataclismos. Um deles foi a Líbia, país onde vivi pela primeira vez entre tuaregues e onde o deserto esconde uma boa parte da história de África.

    Ghadamès é uma cidade-oásis berbere que fica na confluência das fronteiras da Argélia e da Tunísia. Até ao séc. XVII, foi um importante entreposto para as caravanas que atravessavam o deserto do Sara, e sofreu consideravelmente com a abertura de portos na costa ocidental de África. No século XVIII as caravanas de camelos ainda traziam escravos, ouro, couro, plumas de avestruz e marfim, para trocar por cavalos, açúcar e produtos europeus, como contas de vidro e colares de Veneza, brilhantes de Paris, papel e tecidos como seda. Mas no século XIX, com o fim da escravatura, terminou o comércio mais lucrativo.

    A fabulosa cidade antiga, testemunho visível da história, faz parte da lista de locais protegidos pela UNESCO, que ainda não a colocou na lista de locais em risco.

  • Quando estive em Ghadamès podia passear livremente pelo oásis onde fica a parte antiga, abandonada pelos habitantes desde 1986, trocada por casas de cimento, feias e sem carácter mas onde é possível instalar água corrente e esgotos – ao contrário das construções em adobe. Alguns “guias” locais tinham chaves que permitiam aos visitantes mais curiosos terem uma visão sobre o seu extraordinário interior. E lembro-me de pensar que qualquer aprendiz de arquiteto devia vir aqui, estudar esta fantástica cidade-fantasma de um austero estilo Le Corbusier adaptado ao deserto.

    Ghadamès é de uma beleza e funcionalidade indescritíveis. Inserida num palmeiral sombrio, parece um bloco único, uma fortaleza sem entradas. Tinha sete portas, e uma vez lá dentro ainda temos a impressão de percorrer uma termiteira humana, com furinhos a servir de janelas, muros e paredes de tijolos de adobe cobertos de argila e pintados de branco, ruelas escuras cheias de ângulos em cotovelo que ligam a outras ruas ou terminam em pracetas e portas de casas – algumas, decoradas com bocadinhos de tecido pregados por tachas, denunciam o dono como um hajj, alguém que já fez a peregrinação a Meca.

    Dentro das suas muralhas coabitavam duas tribos berberes, os ben Oualid e os ben Ouazit, enquanto cá fora vivia uma terceira tribo e os nómadas tuaregues, sempre de passagem e por vezes contratados para proteger as caravanas dos ataques dos… tuaregues, ou de tribos árabes. Cada bairro tinha a sua praça, a sua escola corânica, a sua Grande Mesquita – a dois passos uma da outra e com um pátio comum para as duas. Ainda há marcas na parede a marcar a “fronteira” entre as tribos.

    A vida tinha uma organização social muito própria e extremamente estratificada. Avós e pais decidiam quem casava com quem; os homens saíam de dia e as mulheres saíam antes do nascer do dia, ou depois do pôr-do-sol. A casa era o domínio das mulheres, que circulavam pela cidade através dos terraços e muretes que uniam as construções, todas com primeiro andar e terraço com cozinha.

  • O reino das mulheres era o mais fabuloso. Entrava-se nas casas por um compartimento simples no rés-do-chão e subia-se uma escada para chegar ao lar. Antes de casarem, os futuros maridos entregavam a chave de casa às suas noivas, para que elas a decorassem a seu gosto. Com tinta vermelha, as mulheres desenhavam sobre as paredes brancas quadrados de cor à volta das portas, em redor dos espelhos que refletem a luz das clarabóias, no contorno dos degraus. Há pequenas palmeiras infantis, xadrez e quadrados, detalhes em verde e amarelo. A sala é o centro da casa, onde a decoração é mais carregada, o chão coberto de tapetes e almofadas, as paredes pintadas e cobertas de objetos de latão dourado e de “chapéus” de folha de palmeira que servem para tapar os pratos com comida.

    Há sempre um quarto pequeno, enfeitado com cortinas, que imita uma tenda, onde os noivos dormem na primeira noite e onde se fará o velório do marido. As restantes divisões são polivalentes, com exceção da cozinha. Um pormenor curioso é o espelhinho nas escadas que descem do terraço, que servia para a dona de casa não aparecer despenteada, ou com a cara negra de fumo. Há pequenos nichos nas paredes, para as especiarias, outros maiores para cântaros de água ou lâmpadas de azeite. O estilo é único, um barroco do deserto que nunca vi em qualquer outro lugar.

  • Cá fora, as esquinas dos terraços levantam-se em pirâmides aguçadas, para que os djins (os génios maus) não consigam aterrar nas casas. Nas praças e ruas – a maior parte são túneis, arcadas ou vielas estreitas onde o sol tem dificuldade em entrar -, as paredes já têm assentos para os homens ficarem ali na conversa – e esta é a única parte da cidade que ainda hoje é usada pelos mais velhos, que aqui se encontram aos fins de semana para gozar a brisa fresca e conversar com os amigos.

    Todos dançavam nas festas, os homens nas praças, as mulheres nas casas. Mas sempre separados por sexo e por idades: homens dançam com homens, rapazes com rapazes e idosos com idosos – e o mesmo com as mulheres. Mas claro que isto faz parte do passado; agora as mulheres andam nas ruas da cidade nova, com os seus mantos às riscas coloridas e fios de prata, e ocupam empregos no funcionalismo público e em bancos.

    Em 2011, durante a guerra civil, forças do Conselho de Transição entraram na cidade. Sem os poucos turistas que já começavam a chegar e os fundos para ir reparando uma arquitetura que é sempre uma obra em curso, o que será agora de Ghadamès? Uma cidade cada vez mais fantasma? Quanto tempo demorará o deserto a recuperar território, apagando o rasto de uma extraordinária obra de arquitetura?

  • Obs: Informações retiradas do Blog Comedores de paisagens.

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